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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

MEDITAÇÃO




Meditação

Para nós, ocidentais, meditar significa refletir a respeito de alguma coisa. No oriente, meditar é algo bem diferente. É entrar num estado de consciência onde se torna mais fácil compreender a si mesmo. Nisargadatta Maharaj, um mestre indiano, nos explica com simplicidade no seu livro I am That:

"Nós conhecemos o mundo exterior de sensações e ações mas, do nosso mundo interior de pensamentos e sentimentos, nós conhecemos muito pouco. O objetivo primário da meditação é que nos tornemos conscientes e que nos familiarizemos com a nossa vida interior. O objetivo final é alcançar a fonte da vida e da consciência."

Assim, através da meditação vamos prestar atenção e descobrir como funcionamos. Como agimos em determinadas situações, porque respondemos uma coisa quando gostaríamos de dizer outra, porque fugimos daquilo que mais queremos, porque vivemos mergulhados na ansiedade, na depressão e no cansaço quando queremos apenas a tranqüilidade.

Grande parte dessa confusão é criada pela mente. Podemos dizer que ela é o instrumento de nossa consciência e contém a somatória de nossos condicionamentos, padrões de pensamento, nossa memória e nosso lado racional. A mente é como um lago agitado. Ao ver a lua refletida nesse lago turbulento poderíamos supor que a própria lua é algo disforme e agitado, mas estaríamos totalmente enganados. Da mesma forma, quando olhamos para o reflexo do nosso Eu-Superior no lago inquieto de nossa mente, não conseguimos perceber sua verdadeira natureza. Meditar nada mais é do que aquietar os turbilhões dos pensamentos, serenar a mente para que possamos reconhecer com clareza nossa essência. Durante esse processo de aquietar a mente nos damos conta de nossos padrões de pensamento e de ação e, assim, podemos transformá-los.

Dicas para a prática

A prática da meditação, embora simples, requer bastante disciplina e regularidade. Abaixo estão algumas dicas de como iniciar sua prática de meditação.

* Escolha um lugar sereno onde você possa sentar-se de maneira confortável e com a coluna ereta. Pode ser numa cadeira ou no chão com as pernas cruzadas. Sentar-se sobre uma pequena almofada ajuda a manter as costas eretas. Use roupas que não apertem nem incomodem.

* Acender um incenso ou colocar uma música bem suave pode ajudar a criar um clima de tranqüilidade no início. Depois de algum tempo, pode ser que você prefira dispensá-los.

* Evite meditar quando estiver com sono ou muito cansado. Você se sentirá frustrado por não conseguir se concentrar e desanimará de sua prática diária. Um bom horário para meditar é pela manhã, quando estamos mais tranqüilos e descansados. Porém, isso também é individualizável. Se você sentir que consegue melhores resultados à noite, escolha esse horário.

* Comece com dez minutos diários. Coloque um relógio para despertar após esse tempo, assim sua mente não poderá sabotá-lo fazendo-o acreditar que já se passaram muito mais que dez minutos.

* Não se mova durante esse tempo. O corpo é como um pote e a mente é a água dentro dele. Mover o recipiente faz com que a água também se mova e, lembre-se, o que você quer é que sua mente permaneça quieta e imóvel.

* A atenção deve estar voltada para o objeto da meditação (a respiração, um símbolo, etc.) sem que isso necessite de grandes esforços. Caso você disperse, reconduza sua atenção suavemente ao objeto escolhido.

* Qualquer coisa que aconteça estará bem. Se houver um monte de pensamentos desfilando pela sua cabeça, se você tiver vontade de chorar ou de rir, se você achar que nunca vai conseguir se concentrar, tudo bem. Apenas continue sentado e, sempre que possível, volte a sua atenção para o objeto sobre o qual está meditando.

Exercícios de meditação

1. Um dos exercícios mais simples é observar a respiração. Sinta o ar entrando e saíndo pelas narinas. Acompanhe seu caminho por todo o corpo. Repare nos movimentos da barriga, do peito. Veja se há movimentos ou sensações na pelve, pernas, cabeça, etc. Esteja com o ar o tempo todo.

2. Quando estiver em contato com a natureza, sente-se diante de uma paisagem e observe-a. Ouça os sons, veja as cores, sinta os aromas mas não fique dando nome às coisas ou analisando-as: "esse cheiro deve ser daquela flor", "como é bonita a forma daquela montanha", "o som desses passarinhos me deixa tão relaxado...". Apenas ouça, veja e sinta sem criar frases na sua mente, sem ficar tagarelando internamente.

3. Sente-se diante de uma janela e deixe que a claridade invada seu corpo. Sinta a luz penetrando pelo alto de sua cabeça e fluíndo por todo o corpo. Mantenha sua atenção nesse fluxo.

4. Repita o mantra OM durante todo o tempo da sua meditação. Mantras são sons que trazem uma determinada qualidade de energia para quem os vocaliza. O mantra OM é um dos mais antigos do hinduísmo e sua qualidade é o equilíbrio e a serenidade. Ele nos traz energia e ajuda a clarear a mente.

5. Olhe atentamente para um símbolo ou um objeto que lhe chame a atenção naturalmente. Pode ser um desenho, uma estatueta, um yantra (diagramas cósmicos do hinduísmo), etc. No Yoga, usamos o simbolo do OM para meditar (veja o desenho ao lado). Olhe para esse símbolo e envolva-se com ele. Observe-o atentamente até que você possa mantê-lo com clareza na sua mente, mesmo de olhos fechados.

6. Sente-se em silêncio e preste atenção a cada som que surgir ao seu redor. Ouça tudo ao mesmo tempo. Não se detenha em nenhum deles. Nenhum é mais importante do que os outros, nenhum é melhor ou mais agradável. Não julgue, apenas ouça. Evite relacioná-los com os objetos ou seres que os produzem. Permita-se ouvir o som puro e perceber sua qualidade intrínseca.

7. Você pode meditar com as cores também. Pergunte ao seu corpo de qual cor ele necessita para estar em harmonia. Aceite qualquer cor que lhe venha à mente. Imagine um grande jorro de luz dessa cor fluindo sobre você ou mergulhe num oceano tingido com a cor escolhida. Não se preocupe em "ver" a cor, você pode apenas sentí-la com seus sentidos interiores.

8. Observe seus pensamentos e tente perceber o espaço que existe entre um e outro. Mesmo numa mente completamente confusa, os pensamentos surgem e desaparecem deixando um breve espaço entre si. Descubra esse espaço, nem que seja apenas um segundo. Observe-o e você vai perceber que ele começará a se ampliar. Ao penetrar nesse espaço em branco, você estará além da mente.

O observador passivo

Existem centenas, talvez milhares, de técnicas de meditação. Cada um deve descobrir a que melhor combina consigo e a que produz melhores resultados. Alguns preferem meditar com mantras, muitos gostam de observar a respiração e outros usam imagens ou símbolos. Porém, o que essas técnicas têm em comum é o fato de despertarem o observador passivo.

Eu chamo de observador passivo aquela parte nossa que se mantém distante da turbulência da nossa vida diária. Ele é como um sábio que olha o vilarejo do alto de uma colina. Ele vê as pessoas correndo de um lado para outro, as crianças brincando, um cachorro procurando comida, alguém morrendo, um bebê nascendo, a geada queimando a colheita e nada disso o afeta. Ele permanece sentado no alto de seu monte, eqüânime, pois sabe que a dor ou a alegria brotam da mesma fonte e nenhuma delas é permanente. O observador passivo sabe que a verdadeira felicidade pertence ao Eu-Superior e que quando estamos conscientes dele, nada mais nos afeta.

Mas ele também é um grande professor. Se você ficar com alguém 24 horas por dia observando como ele come, como se veste, como fala e age, como dorme, no final de uma semana você conhecerá muito dessa pessoa. Assim, se nos observarmos tempo suficiente, aprenderemos muito a nosso respeito. Aprenderemos como é que funcionamos, como agem nossos pensamentos e sentimentos, como eles influenciam nossas escolhas, etc. Quando desenvolvemos o observador passivo, podemos olhar de longe a paisagem de nossa vida e encarar os desafios que ela nos propõe com insenção de ânimos, sem deixar que o emocional nuble nossa percepção. É por isso que é tão fácil aconselhar um amigo com problemas. Como não estamos envolvidos emocionalmente, temos uma visão panorâmica da situação e podemos perceber as falhas e as possibilidades que ele não vê. Quando olhamos as coisas com uma certa distância, entendemos o contexto e os motivos por trás dos fatos. E, com essa compreensão, podemos encontrar saídas criativas, podemos ver portas onde antes parecia existir apenas muros.

A técnica

Sente-se confortavelmente e faça algumas respirações profundas.

Comece a observar os pensamentos que lhe chegam. Tome consciência deles e deixe que sumam em seguida. Não os evite nem os incentive.

Não dê continuidade a nenhum pensamento. A tendência da mente é fazer associações. Quando vem o pensamento "preciso pagar uma conta no banco" a mente dá continuidade: "será que tenho dinheiro suficiente? Se não tiver, posso pedir emprestado ao fulano. Caso ele não possa emprestar...". E assim vai. Portanto, corte o fio antes que toda a meada se desenrole.

Tente ver cada pensamento como um quadro estático, como uma cena de um grande video-clip que não merece muita atenção.

A mente está representando uma grande peça diante de você. Mas você não é o protagonista. Você é apenas o expectador. Portanto não se envolva.

Caso haja uma grande confusão de pensamentos fluindo, apenas "olhe" essa confusão. Não tente controlar seus pensamentos, deixe que eles venham da maneira que vierem.

Não espere nada de especial da sua meditação: fogos de artifício explodindo diante de você, deuses e iluminados desfilando, flores de lótus ou luzes maravilhosas. As imagens que surgem podem ser apenas produto da atividade mental, truques da mente para distraí-lo. Portanto, continue apenas observando como outro pensamento qualquer. Não se envolva com a beleza ou beatitude delas. Se elas forem mais que um produto da mente, você saberá.

Com a prática contínua você será capaz de manter a mente em branco e ouvir a voz de sua intuição que também é um atributo do observador passivo.

Fonte: Yogasite

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A MAÇONARIA ?

Esta pergunta é feita diariamente por milhares de pessoas espalhadas pelos quatro cantos do mundo, quer sejam maçom, ou não. Na verdade pouco se sabe sobre a origem da maçonaria que se perde na origem da história ocidental. O grande marco conhecido, que formatou a maçonaria como ela é hoje, foi o humanismo Francês. Nos primórdios da humanidade o conhecimento era restrito a grupos de pessoas que dominavam as artes, as técnicas construtivas, a escrita, as leis humanas e divinas. Estas pessoas, com o intuito de aprimorar e compartilhar seus conhecimentos, se agruparam em torno de corporações voltadas para a arte da construção. Alias o termo maçom é uma palavra que significa pedreiro. Na antiguidade os maçons foram os construtores do mundo. A partir do iluminismo Francês e em contra ponto ao obscurantismo da idade média, com o objetivo de manter vivo e efervescente o conhecimento, os filósofos e pensadores se aproveitaram das corporações de construtores para criar o que denominaram de maçonaria especulativa. Seriam os construtores não mais de obras, mas sim do homem e, por conseguinte da humanidade. No Brasil a história da maçonaria se confunde com a própria história do país. Ao defender e difundir os conceitos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade a maçonaria plantou nos Brasileiros e nos povos da América conceitos de democracia e da coisa pública definidos na antiga civilização Grega. Estes conceitos criaram as repúblicas ocidentais, os sistemas econômicos, a teoria evolucionista, a filosofia cartesiana, a democracia, enfim as bases estruturais da cultura e do desenvolvimento ocidental. Por indução da maçonaria e iniciativa de maçons, ocorreram a inconfidência mineira, a independência, a revolução farroupilha, a lei do ventre livre, a libertação dos escravos e a criação da republica. Foram maçons, Álvares Maciel, Padre Feijó, José Bonifácio de Andrada, Dom Pedro I, Duque de Caxias, Bento Gonçalves, Garibaldi, Barão de Mauá, Marechal Deodoro, Gonçalves Ledo, Joaquim Nabuco, frei Caneca, Quintino Bocaiúva, dentre tantos outros. Em uma maneira simplista podemos dizer que a maçonaria é um país dentro de outro país. Um país onde não há analfabetos, não há fome e onde se cultua a liberdade de expressão, o livre arbítrio, o conhecimento, a fraternidade e a igualdade de todos perante a lei. Um país que busca constantemente a verdade na sua forma direta e objetiva, sem paixões políticas, religiosas ou pré-concebidas. É à busca do homem em si mesmo. O grande segredo da maçonaria não existe e, pela lógica cartesiana, não há como divulgá-lo. Ao nos irmanamos em busca da verdade e da liberdade temos como ponto de partida o conhecimento de nós mesmos e obviamente, este conhecimento próprio é restrito ao indivíduo. Existe um antiqüíssimo mito no Nilo em que Osíris, que representa a vida universal, morre e sua irmã Lis o faz engolir o olho do gavião e, mal o olho penetra no cadáver, Osíris renasce porque nele entra a visão. Viver é, antes de nada, ver-se a si mesmo. Em síntese ninguém, a não sermos nós mesmos e o criador, nos conhece. Para se ter uma noção de nossos princípios, Péricles em 431 anos antes de Cristo disse: " Somos amantes da beleza sem extravagâncias e amantes da filosofia sem indolência. Usamos a riqueza mais como uma oportunidade para agir que como motivo de vanglória; entre nós não há vergonha na pobreza, mas a maior vergonha é não fazer o possível para evitá-la. Ver-se-á em uma pessoa ao mesmo tempo o interesse em atividades públicas e privadas, e em outros entre nós que dão atenção principalmente aos negócios não se verá falta de discernimento em assuntos políticos, pois olhamos o homem alheio as atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; ..... decidimos as questões públicas por nós mesmos, ou pelos menos nos esforçamos por compreendê-las claramente, na crença de que não é o debate que é empecilho á ação, e sim o fato de não estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação. Consideramo-nos ainda superiores aos outros homens em outro ponto: somos ousados para agir, mas ao mesmo tempo gostamos de refletir sobre os riscos que pretendemos correr; para outros homens, ao contrário, ousadia significa ignorância e reflexão traz a hesitação. Deveriam ser justamente considerados mais corajosos aqueles que, percebendo claramente tanto os sofrimentos quanto ás satisfações inerentes a uma ação, nem por isso recuam diante do perigo. Mais ainda em nobreza de espírito contrastamos com a maioria, pois não é por receber favores, mas por fazê-los, que adquirimos amigos. . . .Enfim, somente nos ajudamos aos outros sem temer as conseqüências, não por mero cálculo de vantagens que obteríamos, mas pela confiança inerente á liberdade." Neste sentido a maçonaria sempre constante e presente na luta para fortalecer o conhecimento individual de tal sorte que ele produza um conhecimento e uma mobilização coletiva, tem estado presente em todos os rincões do país e do mundo fazendo prevalecer a máxima do homem como símbolo de pensamento e bem estar, como obra do Grande Arquiteto do Universo. Hoje continuamos reféns das encruzilhadas da vida que nos fazem prisioneiros do nosso próprio desenvolvimento pois, crescemos nos descuidando dos conceitos de justiça social, de liberdade e de igualdade de oportunidades. Como disse Marx, na célebre Carta ao Povo: "O domínio do homem sobre a natureza é cada vez maior; mas, ao mesmo tempo, o homem se transforma em escravo de outros homens ou de sua própria infâmia. Até a pura luz da ciência parece só poder brilhar sobre o fundo da tenebrosa ignorância. Todos os nossos inventos e progressos parecem dotar de vida intelectual as forças materiais, enquanto reduzem o ser humano ao nível de uma força material bruta". Se o comunismo não prosperou por não criar um mecanismo eficiente de produção de riquezas, o capitalismo encontra-se em xeque por não conseguir criar um eficiente mecanismo de distribuição das riquezas produzidas. É perversa a nossa posição de bem sucedidos em contraponto dos milhares de marginalizados. Chega a ser uma afronta á nossa inteligência e é absolutamente irracional. Neste sentido começamos a perceber que isto não conduzirá a humanidade a um bom lugar. O nosso desafio se consiste em inserirmos todos nas riquezas que as tecnologias eficientemente conseguem produzir. Hoje já podemos dizer que temos tecnologia para produzir de modo sustentável riquezas suficientes para saciar todos. O que nos falta é entendermos que nisto se apoiará á paz, a harmonia e a felicidade tão necessárias aos indivíduos, quanto imprescindíveis para a humanidade. Neste momento histórico está sendo lançada a Ação Maçônica Internacional aqui, em Belo Horizonte e, pela primeira vez o Grande Oriente do Brasil transfere o Poder Central da Maçonaria Gobiana para, irmanado com as Grandes Lojas Maçônicas e o Conselho Maçônico Brasileiro, discutirem uma proposta, e uma ação da maçonaria no intuído formar uma nova e necessária consciência dos ricos em relação aos pobres, quer como países, quer como indivíduos. Temos a convicção de que não se trata apenas de um problema dos governantes mas sim de um problema daqueles que detêm o conhecimento e as fórmulas econômicas e tecnológicas para aplicá-lo e distribuí-lo a todo o planeta. Em suma é um problema de toda a sociedade organizada, é um problema nosso. Hoje já podemos, dentro do seio da maçonaria, falar em organização da sociedade civil de interesse público, em parcerias públicas privadas, em organizações não governamentais como uma clara vontade dos cidadãos em auxiliar o estado numa tarefa que transpõe suas fronteiras e sua capacidade administrativa. Se nós maçons, privilegiados que somos nos furtarmos a tal empreitada, com certeza estaríamos traindo nossos princípios basilares. Fraternalmente, Eduardo Teixeira de Rezende Presidente Conselho Gestor da Ação Maçônica Internacional O Que é Maçonaria? A Maçonaria, em seu conceito intelectual e moral é a filosofia que encerra o mais alto padrão de Bem, para o indivíduo e a Sociedade. É a escola do aprimoramento intelectual, moral e espiritual do indivíduo, para combater os vícios e preconceitos, as superstições e ignorâncias, o fanatismo, o egoísmo, as ambições, o despotismo, já do corpo, já do espírito, em busca da verdade e da justiça, da sabedoria e do dever, do direito e do bem, da liberdade, da igualdade e da fraternidade. Luta, pois, em prol da felicidade do homem pela edificação do templo da virtude, para a honra do Grande Arquiteto do Universo (Deus). Trabalha com o aperfeiçoamento moral, intelectual e social da Humanidade, a fim de que seus componentes sejam mais felizes ou menos sofredores, graças a maior compreensão entre eles, pela prática constante da Fraternidade. Tem por princípio a tolerância mútua, o respeito aos outros e não impondo dogmas, não exigindo subserviência espiritual, concede aos seus componentes, amplo direito de pensar, de discutir livremente. Considera as concepções metafísicas como sendo de domínio exclusivo da apreciação individual dos seus membros, e não admite afirmações dogmáticas que não possam ser debatidas racionalmente. Tem por divisa "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" e por lema "Justiça, Verdade e Trabalho". Os seus componentes devem esforçar-se para aprimorar-se espiritualmente, devotar-se à prática do Bem, sem ostentação, não por vaidade e sim como imperioso dever de Solidariedade Humana. Auxiliar o próximo não é um favor e sim o cumprimento do dever. O Maçon trai o seu juramento, quando perde uma oportunidade de praticar o Bem. O que para muitos profanos é um ato meritório, para o Maçon é um dever imperioso, sagrado. O maçon deve solidarizar-se com o seu semelhante, sem buscar investigar a sua procedência ou o seu credo religioso. O essencial é que o homem creia, que acredite em um Ser Supremo, que é Deus. Os Maçons tem por dever especial, em todas as circunstancias da vida, ajudar, esclarecer e proteger os seus irmãos, defendendo-os contra as injustiças do homens. Considera o trabalho como um dos deveres essenciais do homem honrado, igualmente tanto o manual quanto o intelectual. Maçonaria pode ainda ser definida como: l Uma instituição humanitária e sublime que exalta tudo o que une e aspira a fazer da humanidade uma grande família de irmãos, e que se põe sempre a serviço dos movimentos moralizadores. l Uma instituição de paz e amor, aberta às mais nobres aspirações, onde se realiza a união necessária e fecunda do coração, onde se adquire o equilíbrio interior, onde os caracteres de afirmam e se consolidam. l Uma instituição em que a fraternidade é uma influencia ou guia espiritual para concepção mais nobre e mais elevada da vida, que não seja contra ninguém, porque é uma força indestrutível, nobre e generosa, porque é a luz da razão. l Uma instituição que prepara o terreno onde florescerão a justiça e a paz. Sua única arma é a espada da inteligência. Como podemos observar, são várias as definições que podemos dar à Maçonaria, e que em nada muda sua essência, pois, sempre prega a união, o amor, a solidariedade, a liberdade, a igualdade e a fraternidade. Fontes consultadas: l Sociedades Secretas (A. Tenório de Albuquerque) l A Total Perfectibilidade (Welington Paiva) l As vigas Mestras da Maçonaria (Jorge Buarque Lira) Maçonaria e Religião J.E. Ornelas Uma forma eficaz de se ligar a Deus, ao infinito, ao cosmos, é através da meditação. É preciso um pequeno tempo disponível para estar consigo mesmo durante alguns minutos. A prática da meditação não requer esforço algum, na verdade somente é atingida sem o uso de qualquer esforço. Existem várias técnicas de meditação e cada um deve encontrar a fórmula com a qual melhor se adapte. Meditar é aquietar a mente, expulsando as preocupações do cotidiano, e uma vez relaxado, usar a imaginação, afirmando sua ligação com o infinito, sua natureza de filho de Deus, herdeiro do universo e sal da terra. Assim, reabastecer-se de energias e disposição para enfrentar as pressões do dia dia. O escritor indiano Deepak Chopra, afirma que para sentirmos a grandeza e a potencialidade do Universo em nós são precisos três coisas: “reservar um tempo de nossa vida para praticar o silencio e simplesmente ser, pois é no silêncio que o universo nos fala; praticar a meditação, e praticar o não-julgamento.” E cita o filósofo e poeta austríaco Franz Kafka: “ Você não precisa sair de seu quarto. Fique sentado diante da mesa e ouça. Não precisa nem ouvir, simplesmente espere. Não precisa nem esperar, aprenda somente a ficar quieto, silencioso, solitário. O mundo se oferecerá espontaneamente a você para ser descoberto. Ele não tem outra escolha senão jogar-se em êxtase a seus pés.” É importante que , em seus momentos de oração e de meditação, não se esqueça jamais de agradecer. Uma alma agradecida mantém sempre aberta seu canal de diálogo com o universo. Leitura recomendada: l As Sete leis espirituais do sucesso - Deepak Chopra ------------------------------------------------------------------------------------ A Maçonaria tem Segredo? A resposta é um sonoro, NÃO. O GRANDE SEGREDO DA MAÇONARIA E NÃO TER SEGREDO. Sendo uma Sociedade Filosófica e Iniciática, ELA não pode deixar que aquele que ainda não foi iniciado em seus Augustos Mistérios possa alardear ou enganar a outrem se fazendo de Maçom. Para poder intervir no Destino das Nações, Lutando contra; o Racismo, a Pobreza, a Escravidão em Todas as suas Formas, as Desigualdades Sociais Sejam Quais Forem. Há a necessidade de se resguardar Aqueles que Levantam estas Bandeiras tão Nobres, é por isto que os Maçons se conhecem através de PALAVRAS E TOQUES. O Maçom para ser iniciado tem que CRER num ser superior, esse ser supremo é DEUS (G.A.D.U). Tem ainda que: a) Ser apresentado por um Mestre Maçom. b) Ter uma família devidamente constituída. c) Ter mente e corpo que não prejudique a sua iniciação e reconhecimento dentro da Ordem. d) Ter meios próprios de se sustentar e sua família. e) Se submeter a pesquisa de toda a sua vida privada, (moral, intelectual, material e espiritual). f) Ser sabatinado por no mínimo 3 Mestres Maçom, juntamente com a sua esposa se for casado. g) Ser bem aceito no local de trabalho e por seus vizinhos. h) Estar participando ativamente de alguma entidade caritativa. i) Não possuir antecedentes criminais. j) Ter um bom crédito nos meios comerciais. k) Ser respeitoso. l) Ser fiel. Etc. Para ingressar na maçonaria, um dos princípios fundamentais da Ordem, é que o preposto não se convide, ou seja, tem que ser convidado, afinal, o iniciado deve ser um homem justo e perfeito em toda a sua existência na face do globo terrestre. Fontes: l Maçonaria, por um mundo melhor (WebSite) -------------------------------------------------------------------------------- Discreta Sim Secreta Não A maçonaria foi e continua sendo encarada por muitos como sendo uma sociedade secreta. Dentro da realidade atual entretanto, a instituição não poderá ser considerada senão como sendo uma sociedade discreta. Há realmente, uma grande diferença entre esses dois conceitos. Como secreta dever-se-ia entender que se encobre na Maçonaria algo que não pode ser revelado, quando por discreta, entende-se que se trata de ação reservada e que interessa exclusivamente aqueles que dela participam. Em realidade, a Maçonaria não é possuidora nem detentora de nenhum segredo misterioso como tem pretendido alguns. No vocabulário maçônico moderno, a palavra segredo, deve considerar-se como discrição. Assim o ensina a instrução de Grande Mestre, quando diz que o segredo dos Mestres é guardado em um cofre de papel coral, rodeado de marfim - a boca. Já se foi aquele tempo em que a Maçonaria deveria encobrir toda a sua atividade sob o mais rigoroso sigilo e de tal forma, que esta reserva devia constituir ato secreto e até mesmo misterioso. Era a instituição perseguida pelos poderosos, por aqueles que escravizavam os povos que não viam com bons olhos a liberdade de consciência, tiranos de todas as épocas, sanguinários e exploradores da humanidade. Nos dias em que vivemos é quase dispensada a ação liberatória da Maçonaria e ela pode trabalhar livremente, dedicando-se mais à evolução intelectual e à assistência filantrópica. Conserva porém, como princípio e tradição a sua maneira própria de agir, o uso de iniciação ritualística, a simbologia universal de suas práticas espiritualísticas e o seu caráter de organização restrita a seus membros. Mantendo como uma de suas qualidades, o respeito e acatamento às leis, aos governos legalmente constituídos, nada tem que ocultar, a não ser as suas fórmulas ritualísticas, seus sinais, toques e palavras, como meio de reconhecimento recíproco de seus filiados, espalhados por todos os recantos do mundo. Não se reveste mais a Maçonaria de um secretísmo absoluto, de vez que seus rituais são impressos e muitas de suas práticas. Tendo divulgação habitual, são conhecidos e estão ao alcance de muitos estudiosos. Nesta condição, nada tem a Maçonaria de sociedade secreta. Exigindo reserva de seus seguidores quanto aos seus trabalhos, cultiva e difunde entre os Maçons, a virtude da discrição, segue uma tradição milenária e se põe, sempre, em posição, de em qualquer emergência, para se defender de opressores e manter as liberdades nacionais e humanas, volver ao passado e prosseguir em sua luta em defesa da liberdade, da igualdade e da fraternidade. Fontes: l Sociedades Secretas (A. Tenório de Albuquerque) l A Total Perfectibilidade (Welington Paiva) ------------------------------------------------------------------------------------- Os Símbolos Maçônicos O ESQUADRO E O COMPASSO O compasso e o esquadro reunidos tem sido mais antiga bem como a mais comum representação da Instituição Maçônica. Tanto se apresentou este símbolo compasso-esquadro, que ele é prontamente reconhecido, até mesmo pelos profanos (pessoas não iniciadas na Maçonaria). É o sinal distintivo do Venerável Mestre (Presidente da Loja) uma vez que esotericamente representa a "Justa Medida". A Justa Medida quer dizer em última análise a Retidão. Faz lembrar aos maçons em geral e a cada instante que todo as suas ações deverão ser plantadas com serenidade, bom senso e espírito de justiça. Faz recordar o compromisso solene assumido pelo iniciado, de sempre agir dentro de uma escola de perfeita honestidade e retidão. O COMPASSO – O Compasso é considerado um Símbolo da espiritualidade e do conhecimento humano. Sendo visto como Símbolo da espiritualidade, sua posição sobre o Livro da Lei varia conforme o Grau. No Grau de Aprendiz, ele está embaixo do esquadro, indicando que existe, por enquanto, a predominância da matéria sobre o espírito . A abertura indica o nível do conhecimento humano, sendo esta limitada ao máximo de 90º, isto é ¼ do conhecimento. A sua Simbologia ainda é muito mais variada, podendo ser entendido como Símbolo da justiça, com a qual devam ser medidos os atos humanos. Simboliza a exatidão da pesquisa e ainda pode ser visto como Símbolo da imparcialidade e infalibilidade do Todo-Poderoso. O ESQUADRO – O primeiro instrumento passivo e companheiro por excelência do Compasso é o Esquadro. Seu desenho nos permite traçar o ângulo reto e, por tanto, esquadrejar todas as formas. Deste modo, é visto como Símbolo, por excelência, da retidão. É também a primeira das chamadas Jóias Móveis de uma Loja, constituindo-se na Jóia do Venerável, pois, dentre todos, este deve ser o mais justo e eqüitativo dos Maçons. O Esquadro, ao contrário do Compasso, representa a matéria; por isso é que, em Loja de Aprendiz, ele se apresenta sobre o Compasso. Predominância da Matéria sobre o espírito. A LETRA "G': É o símbolo de Deus, o Divino Geômetra. Uma das razoes de ser tomada como símbolo sagrado da Divindade, é que, com ela, a palavra Deus, se inicia em vários idiomas. GAS, em Siríaco; GADA, em persa; GUD, em sueco; GOTT, em alemão; GOD, em inglês, etc. -------------------------------------------------------------------------------- A TROLHA A TROLHA – Ou colher de pedreiro. Trata-se de uma espécie de pá achatada com a qual os Pedreiros assentam e alisam a argamassa. Sendo um instrumento neutro, deve ser visto como um Símbolo da tolerância, com que o Maçom deve aceitar as possíveis falhas e defeitos dos demais Irmãos. Pode ser vista, também, como um Símbolo do amor fraternal que será, então, o único cimento que uniria toda a Maçonaria. Desta forma, passar a Trolha, significa perdoar, desculpar, esquecer as diferenças. Entendida desta forma, pode ser vista como Símbolo da Paz que deve reinar entre os Irmãos. -------------------------------------------------------------------------------- O AVENTAL É o símbolo do trabalho. É a parte principal do vestuário maçônico, constituindo-se um dos símbolos mais importantes da Maçonaria. Tem a forma de um retângulo, encimado por um triângulo; nos dois primeiros graus são simples, sem enfeites ou adornos, e de tecido branco. Os aventais dos demais graus, tem cor e desenhos variados, conforme os graus que representa e conforme o rito adotado. O fundo porém é sempre branco. -------------------------------------------------------------------------------- A PEDRA BRUTA Simboliza a inteligência do aprendiz maçon, ainda rude, porque com os vestígios do Mundo Profano, está apenas iniciando sua aprendizagem nos Mistérios da Maçonaria. As arestas desta Pedra Bruta cabe ao aprendiz desbastar disciplinando, educando instruindo sua personalidade, objetivando vencer suas paixões e subordinar sua vontade à prática do bem. Assim a tarefa principal do Aprendiz consiste em trabalhar e estudar para adquirir o conhecimento do simbolismo do seu grau e a sua interpretação filosófica. -------------------------------------------------------------------------------- O MALHO E O CINZEL Estas duas ferramentas servem para desbastar a pedra bruta. A primeira representa nossas resoluções espirituais: éo cinzel de aço, que se aplica sobre a pedra com a mão esquerda lado passivo, e corresponde à receptividade, ao discernimento especulativo A segunda é a vontade executiva, o malho, insígnia do mando, vibrado com a mão direita, lado ativo, relacionada coma energia atuante e a determinação moral donde dinama a realização prática. -------------------------------------------------------------------------------- A PEDRA CÚBICA Havendo o Aprendiz trabalhado na Pedra Bruta como Malho e o Cinzel, transformando-a num cubo imperfeito, caber ao Companheiro (Grau 2), polir este cubo com o auxílio do esquadro, do Nível e do Prumo, tornando-a finalmente em pedra cúbica. Desbastadas as rudes arestas da personalidade, ainda como Aprendiz, cabe agora, ao Companheiro disciplinar suas ações através do conhecimento adquirido realizando contornos e nuances delicadas em seus psiquismos, fazendo então, do seu "eu", um cubo perfeito, a pedra polida que assim estará apta a ser utilizada na construção do edifico do Templo, isto é, a humanidade Perfeita. -------------------------------------------------------------------------------- O MALHETE É o instrumento de trabalho do Venerável Mestre e dos Vigilantes (na hierarquia os dois cargos logo abaixo do Venerável Mestre e que juntamente com ele dirige os trabalhos da loja) Nada mais é que uma espécie de malho, e como tal é símbolo da vontade, da força, do trabalho e da determinação. Um aspecto fundamental na utilização deste instrumento é o do discernimento e lógica que devem conduzir a vontade. Utilizando ao caso, com força apenas, ele passará a ser um instrumento de destruição, incompatível com a Maçonaria. -------------------------------------------------------------------------------- O DELTA LUMINOSO Também chamado de Triângulo Fulgurante, representa na Maçonaria o Supremo Criador de todas as coisas, cujo olho luminoso é o Olho da Sabedoria e da Providência, que observa tudo que vê e provê. Ele simboliza também, os atributos da Divindade: Onipresença, Onividência e Onisciência, que o verdadeiro maçon tem como lembrete divino de sua suprema relevância para sua vida. Não sendo efetivamente uma religião, a Maçonaria compreende e reverencia todas as crenças e cada crente maçom pode ter no Delta Luminoso a representação de todos os sentimentos de religiosidade. Ele é como uma lembrança para uma advertência permanente e solene, traduzida pela compreensão fraternal, que não procura sobrepor a importância de qualquer religião em particular, as demais profissões de fé. Espiritualistas por princípio, sabem os maçons, na interpretação do Triangulo Fulgurante, que há um Deus que tudo vê e por esta razão entendem que uma oportunidade de fazer o bem que deixam escapar , é uma eternidade que se lhes espera. -------------------------------------------------------------------------------- OBS: Há muitos outros símbolos na Maçonaria. Apresentamos aqui somente os mais difundidos e conhecidos do povo em geral Fontes: l Ritual de instruções do Aprendiz-maçom - GOMG l A Total Perfectibilidade - Welington Paiva l Sociedades Secretas - A. Tenório de Albuquerque ------------------------------------------------------------------------------------- A Maçonaria e a História do Brasil "Há um capítulo em branco na História do Brasil, e esse capítulo é o que se refere à Maçonaria, presente em todos os momentos decisivos e importantes de nossa pátria. Em torno da excepcional contribuição da Maçonaria para a formação de nossa nacionalidade, é inadmissível qualquer dúvida. De nenhum importante acontecimento histórico do Brasil, os maçons estiveram ausentes. Da maioria deles, foram os elementos da Maçonaria os promotores. Não há como honestamente negar que o Fico, A Proclamação da Independência, a Libertação dos escravos, A Proclamação da República, os maiores eventos de nossa pátria foram fatos organizados dentro de suas lojas. Antes de tudo isso, já na Inconfidência Mineira, a Maçonaria empreendia luta renhida em favor da libertação de nossa pátria. Todos os conjurados, sem exceção, pertenciam à Maçonaria: Tiradentes, Thomas Antonio Gonzaga, Cláudio Manoel da Costa, Alvarenga Peixoto, e até mesmo o Judas, o traidor Joaquim Silvério dos Reis, infelizmente também pertencia à ordem. Há que se ressaltar também a grande contribuição de um maçon ilustre Francisco Antonio Lisboa, o Aleijadinho. Este grande gênio da humanidade. Maçom do grau 18, Aleijadinho, autor de obras sacras, fez questão de secretamente homenagear a Maçonaria em suas esculturas. Ao bom observador e conhecedor da maçonaria, não passará despercebido, ao conhecer a obra do grande mestre, detalhes, pequenos que sejam que lembram a instituição maçônica. Os três anjinhos formando um triangulo, o triangulo maçônico, tornaram-se sua marca registrada. A própria bandeira do estado de Minas Gerais foi inspirada na Maçonaria: o triangulo no centro da bandeira mineira é o mesmo do delta luminoso, o Olho da Sabedoria. A independência do Brasil foi proclamada em 22 de agosto de 1822, no Grande Oriente do Brasil. O grito de independência foi mera confirmação. Ninguém ignora também que o Brasil já estava praticamente desligado de Portugal, desde 9 de janeiro de 1822, o dia do Fico. E o Fico foi um grande empreendimento Maçônico, dirigido por José Joaquim da Rocha, que com um grupo de maçons patriotas, fundou o Clube da Resistência, o verdadeiro organizador dos episódios de que resultou a ficada. A libertação dos escravos no Brasil foi, não há como negar, uma iniciativa de maçons, um empreendimento da Maçonaria. A Maçonaria, cumprindo sua elevada missão de lutar pela reivindicação dos direitos do homem, de batalhar pela liberdade, apanágio sagrado do Homem, empenhou-se sem desfalecimento, sem temor, indefessamente pela emancipação dos escravos. Para confirmar estes fatos basta verificar a predominância extraordinária de maçons entre os líderes abolicionistas. Dentre muitos destacaram-se Visconde de Rio Branco, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Eusébio de Queiroz, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Cristiano Otoni, Castro Alves, e muitos outros. A proclamação da República, não há dúvidas de que também foi um notável empreendimento maçônico. O primeiro Ministério da República, sem exceção de um só ministro, foi constituído de maçons. Mera casualidade? Não. Ele foi organizado por Quintino Bocaiúva, que havia sido grão-mestre. Assim foi e tem sido a atuação da Maçonaria com relação ao Brasil, sempre apoiando e lutando para a concretização dos ideais mais nobres da pátria, comprometendo-se em favor da liberdade e condenando as injustiças. Fonte: l Sociedades Secretas - A. Tenório de Albuquerque ------------------------------------------------------------------------------ A Maçonaria e a Pátria A Maçonaria prega e defende o patriotismo. Seus membros devem envidar esforços para o engrandecimento e dignidade da Pátria. Ao ingressar-se na Maçonaria o indivíduo se compromete a trabalhar pelo crescimento do Brasil, dignificando-o, e respeitando suas leis. Nas sessões magnas, é entoado o Hino Nacional. A Bandeira Nacional tem posição de destaque nas lojas maçônicas. Sua entrada em loja é feita com grande pompa e reverência, e seu hino é também entoado. A seguir, transcrevemos o texto Saudação ao Pavilhão Nacional, que muito bem retrata o patriotismo difundido na Maçonaria. Esta saudação é feita nas lojas do Grande Oriente de Minas Gerais, sempre que se finda uma sessão. É sem dúvida um dos mais belos textos da literatura Maçônica, dotado de grande inspiração poética. -------------------------------------------------------------------------------- SAUDAÇÃO AO PAVILHÃO NACIONAL "Bandeira do Brasil! Auriflama de um País, Grande pelo trabalho e pelo amor se seus filhos; Admirável pelas maravilhas de sua natureza; Opulento pela exuberância de sua flora e riqueza do seu solo; Hospitaleiro pela simplicidade e bondade do seu povo. Promissor pelo brilhante futuro que assegura a todos os que produzem. És emblema de uma Nação, mas também maçônico poderias ser, pois tens a forma retangular do avental que usamos como símbolo do trabalho, porque seu losango amarelo lembra o olho da sabedoria dominando o poder do ouro; a tua esfera central indica-nos a universalidade da Caridade Maçônica; o teu Cruzeiro representa a doutrina rosacruciana do bem-fazer. Estas estrelas em campo azul rememoram a grandeza do Grande Arquiteto do Universo. Bandeira do Brasil, que acabastes de assistir aos nossos augustos trabalhos, como prova de respeito à tradicional regra que nos impõe o dever de amar e defender o teu solo, inspira-nos com tua divisa de Ordem e Progresso a disciplina que assegura a Fraternidade e a Evolução, como lei básica da perfectibilidade; lábaro deste Brasil fecundo e prodigioso; símbolo deste Brasil que sentimos como parte de nosso ser e de nossa vida. Auriverde Pendão desta grande Pátria - nós de saudamos, nós de veneramos e nós te defenderemos! A ordem maçônica te glorifica! Os maçons do Grande Oriente de Minas Gerais te saúdam." ------------------------------------------------------------------------------ Por seus Frutos (Por: João Eduardo Ornelas - Loja Simbólica Filhos de Hiran Or:. De São Francisco do Glória – MG) É comum no meio maçônico dizer que determinada pessoa sempre fora Maçom, mesmo antes de ter-se iniciado. Isto porque tal indivíduo é detentor de qualidades e virtudes características de um verdadeiro maçom. Mas quais são essas marcas que levam alguém a ser considerado um maçom nato? Como se pode afirmar tal coisa sem risco de se enganar? O livro sagrado nos dá o caminho. Nele está escrito: "conhece-se a árvore pelos frutos que produz. É impossível que uma boa árvore produza maus frutos, assim como é impossível á árvore ruim produzir bons frutos". Assim é o homem: se dele advém boas coisas, atitudes corretas, gestos edificantes, ele é como uma boa árvore que produz bons frutos. Se for o contrário, se seu caráter for falho, por mais que tente mascarar sua personalidade, não conseguirá: é uma árvore ruim, que produz frutos ruins. O poeta e filósofo Emerson disse: "o que a pessoa é na realidade paira sobre sua cabeça, e brada tão alto que é impossível ouvir sua voz dizendo o contrário numa vã tentativa de ludibriar os outros". Quando o neófito encontra-se à porta do templo e é anunciado , como um candidato a conhecer os Augustos Mistérios Maçônicos, é perguntado como pode ele conceber tal propósito. A resposta dada constitui-se na primeira característica necessária a um Maçom nato: "Porque ele é livre e de bons costumes". O homem livre é aquele capaz de oferecer-se como causa interna de seus sentimentos, atitudes e ações, por não estar submetido a poderes externos que o forcem e o constranjam a sentir, a fazer e a querer o que quer que seja. A liberdade não é tanto o poder para escolher entre várias possibilidades, mas o poder para auto determinar-se, dando a sí mesmo regras de condutas. Portanto, somente é de fato livre, aquele que é senhor de sí mesmo. O verdadeiro maçom, sabe respeitar a liberdade alheia , conhece os limites entre o certo e o errado e não se rende às paixões ignóbeis. Ele tem consciência de que, como afirmou o filósofo Nietszche: "A ação mais alta da vida livre, é nosso poder para avaliar os valores". Ser de bons costumes equivale a dizer que ele um homem íntegro, que tem sua conduta pautada em sólidos princípios éticos e morais, que é um cidadão exemplar, cumpridor de seus deveres, reto em seus compromissos, honesto em seus negócios, um bom pai de família, respeitador e correto em todos os sentidos. Na continuidade do processo de iniciação é perguntado se o neófito encontra-se preparado para ingressar na Sublime Ordem. Eis a resposta: "Sim, pois seu coração é sensível ao bem". Temos aí a segunda marca de um legítimo Obreiro da Humanidade: possuir um coração sensível ao bem. O coração de um maçom não aceita as injustiças e não compactua com o erro e a maldade. E mais do que isso, ele se inquieta, se revolta e luta contra todo tipo de injustiça e opressão. Ao longo de toda história da humanidade a Maçonaria tem-se empenhado em duras batalhas contra a tirania o despotismo e o obscurantismo, sofrendo com isso conseqüências dolorosas, perseguições implacáveis que resultaram no flagelo e na morte de vários irmãos. Ela porém jamais se curvou, jamais abriu mão de seus nobres ideais, nunca se omitiu em sua missão altruística, em sua luta inglória em favor da Liberdade, da Igualdade, e da Fraternidade. Igualmente hoje quando o futuro da raça humana aponta para rumos incertos, a influencia benéfica e restauradora da Maçonaria se faz necessária. Num momento em que nossa pátria no olho de uma crise mundial passa por momentos difíceis devido ao estado fragilizado de sua economia, o que leva a muitos passarem apertos financeiros, está em voga a prática do salve-se quem puder e do cada um por si. Muitos são os adeptos da famigerada Lei de Gerson, onde o importante é levar vantagem em tudo. Quando testemunhamos a importância e a natureza sagrada da família sendo relegada a segundo plano por motivos fúteis, quando vemos as drogas, a violência e todo tipo de criminalidade assolando a sociedade, nós, os pedreiros livres, não podemos nos omitir. Batalhas, embora não sangrentas como as da Antigüidade, mas igualmente árduas, esperam por nossa ação. Não mais a espada, mas nossa determinação, nosso exemplo, nossos propósitos de aperfeiçoamento são nossas armas. O juramento sagrado proferido pelo maçon com a mão direita sobre o Livro da Lei (Bíblia Sagrada), é um compromisso assumido com Deus , com os irmãos, mas sobretudo consigo mesmo, compromisso este de, através do auto aperfeiçoamento, contribuir significativamente para o aprimoramento de toda a humanidade. Se ali se encontra um incauto, um dissimilado que equivocadamente foi levado ao processo de iniciação, lamentavelmente tal pessoa não passará de uma grande decepção. Com certeza, as exigências das práticas maçônicas, pesadas ao fraco de caráter, se encarregará com o tempo de excluí-lo da Maçonaria. Mas se ao contrário, o homem postado diante do Altar dos Juramentos, for da estirpe dos grandes homens, se trouxer consigo as marcas indeléveis que caracterizam os verdadeiros maçons, estará o mundo ganhando um lutador valioso, um guerreiro do Bem e da Justiça. Quisera todos os homens livres e de bons costumes do planeta tivessem a mesma oportunidade, para que no ambiente propício de uma oficina maçônica, recebendo a inspiração da Filosofia ali difundida, pudessem direcionar seus esforços de forma efetiva em prol da construção de um mundo melhor. O verdadeiro maçom sabe que não há melhor argumento que sua própria vivência . Ele se impõe no seu ambiente influenciando-o positivamente, não de forma arrogante ou arbitrária, mas por sua conduta exemplar e inquestionável. Ele é enérgico porém bondoso. Firme, porém humilde. Sua bondade e humildade residem no fato de saber que, a despeito de num dado momento de sua vida maçônica ser simbolicamente denominado mestre, na prática será sempre aprendiz. Aprende-se a todo instante e de todas as formas. O Maçom é o pedreiro de sí mesmo, e por mais que a obra esteja adiantada, sempre faltará um retoque, pequeno que seja. E depois outro, outro, e mais outro, assim infinitamente. Por mais que se saiba, por mais evoluído que seja, sempre restará algo a aprender, novas lições a assimilar. Na escola da vida não há formandos, ou formados, apenas eternos alunos em busca do aperfeiçoamento. Fixemo-nos pois, nas principais características que distinguem o verdadeiro Maçom e não nos desvirtuemos de nosso objetivo maior. Mantenhamo-nos livres e firmes na prática dos bons costumes, e que com o auxilio do "Grande Arquiteto do Universo" nossos corações sejam cada vez mais sensíveis ao bem. E lembremo-nos sempre: " o que para o profano é um gesto meritório, para o Maçom é um dever sagrado." --------------------------------------------------------------------------------

O SIMBOLISMO MAÇÔNICO EM STONEHENGE

O SIMBOLISMO MAÇÔNICO EM STONEHENGE 1 - INTRODUÇÃO Stonehenge, o famoso círculo de pedras localizado a sudoeste da Inglaterra, foi erigido por um povo há muito esquecido, que não deixou vestígios escritos ou registros formais. Ninguém sabe como tal obra era chamada pelos construtores originais, nem mesmo como se nomeava esta comunidade. Não existe nada igual em parte alguma. Foi construído antes do surgimento de qualquer cidade, do desenvolvimento da escrita, e muito antes de qualquer estado ou rei ter se estabelecido. Quem teria projetado tal estrutura, como e por que são algumas das perguntas que fascinam a todos. Representa um lampejo de uma era que se foi. Testemunha concreta de um passado místico, repleto de mistérios, Stonehenge foi palco de cerimônias complexas e ritos mitológicos elaborados. Integrando diversos elementos conceituais no mesmo projeto, os mestres-construtores demonstraram possuir pleno domínio nas ciências da Arquitetura, Geometria e Astronomia, muito antes da eclosão das culturas egípcias e mesopotâmicas. Alguns conceitos matemáticos como o valor de Pi, que seria estabelecido 2.500 anos mais tarde por Pitágoras, foram utilizados no projeto original. Também incorporaram, com ajuda dos sacerdotes, valores simbólicos que formariam a base de vários sistemas religiosos e doutrinários. Recentes estudos arqueológicos começam a esclarecer o que passava pelas mentes dos antigos habitantes da região ao construírem tão imponente obra, uma das mais significativas manifestações da capacidade humana de expressar idéias através de edificações. O que surge deste conjunto de descobertas começa a intrigar os espíritos dos modernos adeptos das práticas esotéricas. Ao desvendar parte dos enigmáticos segredos de Stonehenge percebemos que adentramos em um universo rico em elementos arquetípicos e mitológicos, criados para desbravar alguns dos mais tortuosos labirintos psíquicos da alma humana. Incrivelmente, grande parte do que tem emergido à superfície nos parece familiar. A antiga doutrina e liturgia desta era parecem reverberar solenemente em vários aspectos de nossas Sessões Ritualísticas, em pleno século XXI, estabelecendo uma forma inesperada de conexão mística. Tal fenômeno sugere que o Simbolismo Maçônico contemporâneo e o universo mágico da Grã Bretanha ancestral seriam partes da mesma ciência, da mesma alquimia misteriosa, que tendo surgido em uma época remota permaneceria viva e operante até os dias atuais. Esta poderosa especulação, que contorce as dimensões de tempo e espaço da tradição histórica de nossa Sublime Fraternidade, representa mais um capítulo a ser desbravado em nossa longa jornada de aprendizado. 2 - MEDITAÇÃO PRELIMINAR: TEMPLOS SIMBÓLICOS Na aurora do Homem, quando os grandes questionamentos sobre a existência floresceram, o espírito indômito dos primeiros especuladores incentivou a eclosão de uma revolução criativa que marcaria a Humanidade para sempre. Uma nova maneira de encarar o universo, como algo mais do que a mera realidade visível, se cristalizava nas mentes dos poderosos magos do passado. Esta perspectiva inovadora da realidade levou ao surgimento de magníficas obras, na tentativa de elaboração concreta destes dramas que passavam a afligir a alma humana. Surgiam, assim, os primeiros templos, as primeiras catedrais. A palavra “templo” se deriva do latim templum. Refere-se a uma edificação dedicada ao serviço religioso ou transcendental. Rizzardo da Camino define tal conceito de forma similar, como sendo o local onde se cultua uma divindade. Os egípcios os consideravam as “mansões dos deuses” ou os lugares mortuários, quando dedicados aos antepassados. No início eram espaços delimitados em meio às florestas ou cavernas. Neste período os pensadores só tinham a abóbada celeste acima, as doze constelações como colunas de sustentação em volta, a fraternidade no coração, o infinito nas mentes e uma inquietação angustiante clamando pela compreensão plena dos mundos – o visível e o oculto. Na fase seguinte, com a melhoria nas técnicas de arquitetura, os pedreiros ancestrais começaram a construir as primeiras estruturas dedicadas exclusivamente aos cultos. Surgiram obras complexas, nas quais aquela realidade natural que circundava os templos em meio às matas passava a ser retratada por alegorias, metáforas e por uma série de símbolos que ainda hoje interagem ativamente em nosso subconsciente. Templos, enquanto entidades físicas, e os símbolos, como instrumentos e método para desenvolvimento dos trabalhos, tornaram-se figuras inseparáveis neste processo de aprimoramento pessoal e filosófico a que nos propomos a partir do momento que passamos a integrar uma sociedade esotérica. Esta conjunção se apresenta claramente nas mais antigas fraternidades, como a ordem dos antigos mistérios dos Essênios, das sacerdotisas de Inanna, na Suméria, das Thesmophorias de Deméter, em Atenas, das Vestais de Roma, e até na enigmática ordem de Malek-Tsedeq ou Melquisedec. Onde encontramos sinais da existência de um destes elementos, certamente o outro estará em Pé e a Ordem, apesar de, às vezes, não percebermos sua presença imediatamente. No caso específico das Oficinas Maçônicas, que são os espaços consagrados nos quais são desenvolvidas nossas Sessões, tal magia certamente se faz presente. Estas estruturas arquitetônicas, dedicadas aos grandes mistérios, possibilitam uma identificação pessoal dos iniciados com todo simbolismo ali existente, estabelecendo uma simbiose que transforma as metáforas em reflexos de nossa própria persona enquanto seres que questionam a si mesmos e toda existência. As figuras simbólicas operando entre Colunas são ferramentas psíquicas poderosas que nos orientam em nosso longo aprendizado - a chamada jornada em busca do autoconhecimento. Só sabendo exatamente quem somos podemos ter a esperança de adentrar sutilmente no mundo do oculto, tateando os significados dos grandes mistérios – como a sabedoria das religiões primordiais, os segredos do mundo perdido, a compreensão da primeira trindade, a busca pela palavra perdida, o enigma das grandes diferenciações e assim por diante. Os Templos com seus signos representam nossa psique, os quatro planos do universo retratando o princípio, o meio e o fim de tudo. Mais conhecidos, atualmente, pelas fachadas em estilo clássico greco-romano e pelos adereços típicos que os adornam, estas entidades indispensáveis ao desenvolvimento da Ars Regia se compõe de dois elementos fundamentais, distintos na forma, mas unidos na mesma essência mística. O primeiro elemento é representado pela construção em si, com os móveis, utensílios, instalações e toda gama de entes concretos que formam esta metade inicial, chamada de porção física. Sendo uma construção elaborada, com detalhes arquitetônicos e ornamentais específicos, apresenta um valor estético-cultural que a qualquer um é acessível. Um profano, adentrando a este local, vai captar exatamente estas sensações - com seus cinco sentidos - e nada mais. O segundo elemento, por outro lado, não está disponível com tanta facilidade. Muito menos aos meros visitantes eventuais. Apenas os iniciados nos mistérios mais sagrados podem captar tais emanações. Falamos da bagagem intangível que complementa a estrutura de pedras e cimento. É a percepção sutil, o sentimento, a energia que vai muito além dos sentidos básicos. Como mensagens subliminares, instigam nosso lado mais profundo, nosso subconsciente, tornando nossa jornada pelos caminhos da Sublime Arte uma experiência única e irreversível, enquanto processo de transformação. Esta capacidade mística, chamada por uns de espiritualidade esotérica, aflora apenas nas almas daqueles que realmente entendem o significado da simbologia utilizada. Todo verdadeiro maçom, ao adentrar ao Templo, independentemente do rito praticado, sente o contato transcendental com este universo paralelo, que opera com força e vigor entre Colunas. Os legítimos iniciados sabem que muito além do universo sensível e dos símbolos que abrilhantam nossas edificações, existe algo mais, que vai além do que imagina nossa vã filosofia – como dizia Shakespeare. Partindo deste princípio, surge uma inquietante constatação. Para alguns é possível captar sutilmente estas reverberações em locais que, teoricamente, nada tem a ver com nossa Fraternidade. Em determinados lugares, sejam obras perfeitamente conservadas ou apenas ruínas antigas de monumentos abandonados, podemos vivenciar esta mesma sensação, esta aura de espiritualidade iniciática. A presença inesperada desta percepção sugere que as conexões místicas entre todos os Irmãos através das eras podem ser muito mais significativas do que poderíamos supor. Os laços de união fraternal vão além da formalidade regular, das instituições e regulamentos em vigência, dos títulos ou sistemas normativos contemporâneos - atravessam as gerações, sobrevivem às diferentes revoluções culturais e se mantém sólidos como blocos de rocha indestrutíveis. Assim, fica claro que, independentemente do local ou da época - por mais remotos que sejam – o que determina se estamos ou não perante um legítimo templo é a presença destes componentes intangíveis, que só aquele que verdadeiramente foi iniciado nos mistérios sagrados de nossa Ordem é capaz de vivenciar. 3 - STONEHENGE, A OBRA Stonehenge, do inglês arcaico stan = rochas, e hencg = eixo, se localiza na planície de Salisbury, no sudoeste da Inglaterra, próximo à cidade de Amesbury. A mais antiga referência a esta maravilha do mundo antigo foi feita por Hecateu de Abdera, em sua magnífica obra “História dos Hiperbóreos”, datada de 350 a.C. Trata-se de um conjunto de pedras, algumas com mais de 45 toneladas, agrupadas em um arranjo circular parcialmente conservado. Integra um conjunto de obras erigidas pelas chamadas civilizações megalíticas, surgidas na Europa a partir de 8.000 anos a.C. Estas comunidades embrionárias, que conquistaram a Europa no final da última glaciação, começaram a se fixar nas Ilhas Britânicas à medida que o gelo e frio recuavam, criando um clima mais ameno, propício às culturas agrícolas. Por volta de 4.300 a.C. grandes levas de agricultores chegando do continente passaram a se estabelecer na região. Tinham certa facilidade para se fixar, pois dominavam técnicas de cultivo de trigo e de criação de gado, e utilizavam instrumentos de pedras, ossos e cerâmica. Logo depois, no período Neolítico superior, imigrantes da atual França conquistaram a Planície, e em 2.500 a.C. comunidades vindas do Vale do Reno e da Holanda chegaram. Estas últimas, também chamadas de Povo Beaker, tornaram-se hegemônicas na área até 1.800 a.C. , quando foram sobrepujados por uma nova cultura, denominada Wessex – que dominaria a maior parte da região. Nesta época floresceram vários cultos místicos, no contexto da citada eclosão criativa. No final do 4o século a C. os antigos sacerdotes, motivados por idéias e conceitos originais, começaram a construção de um grande arranjo em forma circular, com quase cem metros de diâmetro. Era o início da epopéia de Stonehenge, cujo processo de elaboração foi dividido, pelos arqueólogos modernos, em três fases ou momentos distintos. A chamada 1ª FASE ( 3.100 a.C.) é marcada pela construção da estrutura circular primordial. Constituída por um grande morro redondo, com 97,54 m de diâmetro, era circundada externamente por uma vala. Apresentando algumas descontinuidades e uma “entrada” principal, logo foi preenchida por um arranjo circular com 56 troncos fixados no solo, chamado de “Círculo de Aubrey”, em homenagem ao seu descobridor. Esta fase, só com o morro redondo e os troncos, durou apenas 50 anos. Em seguida entramos na 2ª FASE (3.000 a.C.). Nesta etapa observamos, inicialmente, a colocação de 168 troncos fixados no solo, dispersos pelo interior do círculo. Formavam a sustentação de uma cobertura, com uma abertura no centro, por onde as pessoas podiam observar o céu e que servia de saída para a fumaça das fogueiras. Foram realizadas descobertas extremamente interessantes na vala circular, incluindo a identificação de restos humanos cremados e objetos sagrados, localizados em pontos estratégicos. Neste período foram criados outros círculos ritualísticos muito semelhantes a Stonehenge, como o chamado Woodhenge, construído ao norte. Na última ou 3ª FASE (2.600 a.C.), registra-se a remoção dos troncos e a chegada das chamadas Pedras Azuis, trazidas das Montanhas Preseli (País de Gales), localizadas a 160 km em linha reta. Os arquitetos elaboraram dois semicírculos com estas enormes rochas, em forma de ferradura, um no interior do outro, com a abertura em frente à entrada original do círculo. Cerca de 80 peças compunham este arranjo. Um caminho, espécie de “avenida”, formado por uma reta ladeada por duas valas paralelas, com cerca de 14 metros de largura, foi confeccionado à entrada principal do círculo. Seu posicionamento toma o ciclo solar como referencial, sendo exatamente alinhado com os raios solares no poente do solstício de inverno, ou com o nascer do Sol no solstício de Verão. Este caminho levava diretamente às margens do Rio Avon, o principal curso de água da região. Cem anos mais tarde removeram as Pedras Azuis e elaboraram o grande círculo contínuo com as chamadas pedras Sarcens, as maiores e que mais chamam nossa atenção por ainda estarem posicionadas nos locus originais – pelo menos algumas delas. Com mais de 4 metros de comprimento e 25 toleladas de peso, foram trazidas do afloramento Marlborough Dows, distante 32 km ao norte. Eram colocadas de modo que a cada duas na vertical fosse possível apoiar uma na horizontal, chamada lintel. Alguns destes arranjos, formados por rochas imensas de até 7,3 m de comprimento e 45 toneladas foram denominados Trilitos. Uma pedra grande, instalada na horizontal bem no centro do círculo, foi batizada como Altar. Devia ser usada para colocação ritualística de objetos sagrados ou restos mortais. Em 2.100 a.C. trouxeram de volta as antigas Pedras Azuis. Todo este espaço místico foi utilizado até o final do segundo milênio a.C. Por volta de 1.100 a.C.o santuário foi abandonado. Não há consenso sobre os motivos deste fato. Provavelmente, os cultos passaram a ser direcionados aos rios e pântanos, e a poderosa catedral que operava em Pé e a Ordem há quase 2.000 anos se reduziu a um estado dormente, assim permanecendo por muitos séculos. Em 1.918 alguns festivais e eventos esdrúxulos coordenados por sacerdotes ou “druidas contemporâneos” começaram a atuar nas ruínas, realizando cerimônias em que tentavam resgatar alguns conceitos do passado remoto. Em 1.985 o English Heritage, órgão do governo inglês responsável pelo monumento, proibiu tais celebrações. 4 - UNIVERSO SIMBÓLICO Várias teorias foram lançadas na tentativa de desvendar os objetivos que levaram à construção de tão imponente obra. A utilização do sítio variava conforme a época, uma vez que diferentes culturas dominaram a região, cada qual com costumes e tradições distintas. Vamos analisar resumidamente apenas cinco dos inúmeros aspectos que sugerem existir esta conexão de sentidos entre nossa realidade atual e a magia deste mundo perdido. 4.1 - Reproduzindo o Universo Analisando detalhadamente o projeto, na primeira fase, percebemos que toda estrutura, principalmente o morro circular com as “falhas” ou descontinuidades poderiam ser detalhes precisos de uma grande reprodução em escala, de alguma região geográfica. Esta idéia de Stonehenge ser um mapa cartográfico estilizado foi recentemente comprovada. Ao compararmos o arranjo com a conformação ambiental da Planície de Salisbury, ao redor, vemos que a real intenção dos arquitetos foi reproduzir a plenitude de seu mundo visível. Os 56 troncos representariam as florestas, o morro elevado personificaria as montanhas ao longe, e a vala seria o final do mundo, o horizonte amedrontador, o abismo do limite da perspectiva que poderia “engolir” os aventureiros. No interior da estrutura teríamos enclausurados os parâmetros da existência humana, com o céu formando o “teto”, estando presentes o Sol, a Lua e as constelações do zodíaco. O Rio Avon, que dava sustento a todas as comunidades da região, também se mostra retratado no círculo. Seu curso sinuoso coincide exatamente com a existência das entradas ou “falhas” no morro. Estabelecendo esta conexão, que é cientificamente comprovada e facilmente observável, percebemos quantos enigmas se apresentam apenas nesta primeira fase, que é considerada a mais “primitiva” do processo de aprimoramento místico da comunidade. Esta preocupação em reproduzir o Universo conhecido também se mostra presente em nosso Simbolismo. Sabemos que, entre Colunas, estamos situados sob a abóbada celeste, tendo a infinitude dos pontos cardeais nos circundando, e as doze colunas ou constelações do firmamento também se fazem presentes. 4.2 - Círculos Continuando na primeira fase, notamos que os místicos primordiais manifestavam uma grande fixação pelas formas circulares. Os círculos são expressões matemáticas utilizadas desde o princípio dos tempos. Esta perfeita forma geométrica estabelece diversas conexões arquetípicas na mente humana, sendo elemento propulsor da fé e da vida em movimento. Representa a essência dos mistérios da natureza. Faz o tempo se retorcer em si mesmo, orientando todos pelos caminhos contínuos do reinício e fim constantes, tornam os pontos de partida e de chegada coincidentes neste processo único de ser e existir. Os mais antigos povos, de todas as culturas e locais do planeta dançavam ritualisticamente em círculos, meditavam diante de formas circulares, reverenciavam corpos celestes, percorriam labirintos e se sentavam em rodas elípticas para orar. Os Celtas consideravam o tempo como sendo uma das triplas linhas da existência, e o representavam como um círculo no qual todos os enigmas se revelavam. Os Astecas veneravam as flores com forma circular, pois personificariam a alegria e felicidade, além do ciclo solar diário e anual, com suas jornadas eternas de nascimento e renovação. Os índios americanos da tribo Sioux afirmam que toda fonte de poder do mundo se manifesta em círculos, como o céu, as estrelas, o vento em forma de furacões, os ninhos dos pássaros e a própria vida dos homens, da infância à morte. Nossa vida e ambiente são repletos de símbolos circulares ou espiralados. A íris dos olhos, a forma dos rostos, o horizonte distante, a Lua e o Sol se apresentam nesta forma – além das galáxias distantes e das moléculas de DNA, síntese da vida. O próprio universo físico, com as constelações, buracos negros e demais entes astronômicos, tem conformação circular. Forma uma imensa “bolha” que deve interagir, de acordo com a física quântica, com infinitos universos paralelos que também são arredondados. Em nosso mais profundo íntimo também vamos encontrar esta geometria. Jung (1875-1961) dizia que o ponto mais central de nossa alma, o self, é um círculo. Por isso, ele o representou com mandalas, que são figuras com várias formas geométricas em torno do mesmo centro. Para a teoria do Eterno Retorno (Nietzsche, 1844-1900), segundo a qual tudo ocorre infinitamente, ao longo do tempo, como uma perene repetição de todos os eventos, o círculo também se recobre de profundo simbolismo. Não há outra figura que melhor represente este ciclo infinito de experiências contínuas, que devem ser moralmente justificáveis e “nobres” para que se perpetuem por todo o sempre. O círculo, tal quais as formas essenciais da natureza, assume uma aura sagrada e misteriosa. Tem infinitos lados e nenhum ao mesmo tempo. Neles se encontram o princípio e o fim na mesma estrutura, fazendo referência à semente ou embrião original e ao final escatológico, sem definir onde exatamente se posicionam. Centraliza, portanto, as mais primitivas leis da natureza, os mais profundos sentimentos de continuidade e a terrível inevitabilidade do “pêndulo do relógio”. A forma circular de Stonehenge, por si só, já representa uma profunda e complexa comunhão dos universos simbólicos que fundamentam a cultura esotérica do passado e a atual. Esta característica está presente na arquitetura de diversas obras utilizadas por ordens iniciáticas, como as catedrais dos Cavaleiros Templários, e em nossos templos - nos inúmeros símbolos que seguem este traçado, como o círculo místico em torno do Altar dos Juramentos. 4.3 - Giros Ritualísticos Os antigos sábios constataram, em tempos imemoriais, que movimento é sinônimo de vida. Os mortos apresentam, como primeira e óbvia característica, a imobilidade corporal. Os enfermos tendem a se recolher em repouso absoluto. A água, um dos quatro elementos, para ser de boa qualidade deve ficar em constante movimento. Se permanecer estagnada torna-se inadequada ao uso. O oposto da paralisia mórbida e funesta é o movimento. Deste raciocínio surgem todos os cultos e festejos à vida, à ressurreição e à renovação da natureza, carregados de danças, músicas e alta dinâmica de movimentação. Em Stonehenge as celebrações eram realizadas com grande volume de pessoas se movimentando ritualisticamente em torno do eixo principal, que era o centro do culto, e provavelmente circulavam no sentido horário. Certamente os participantes assumiam grande rigor na ordenação dos trabalhos, em relação ao sentido de giro em volta do altar. Sabemos que quando giramos no sentido horário, desejamos absorver a energia do universo, trazendo do macrocosmo todas as emanações e influxos positivos. Caminhando no sentido anti-horário, levamos nossas energias ao universo externo, tirando do microcosmo local e elevando as vibrações ao infinito. No primeiro caso buscamos, metaforicamente, salvação a nós mesmos, e no segundo oferecemos salvação aos outros. Esta é uma característica presente ainda hoje em nossas práticas ritualísticas, notadamente em relação à circunvolução praticada Mestres de Cerimônias no transcorrer das Sessões. A mesma liturgia e os significados sacramentados nos cultos ancestrais da velha Inglaterra ainda se mostram presentes nos movimentos regulares dos obreiros atuais. 4.4 - Mitos de Ressurreição: Ciclos Solares e Lunares As celebrações em Stonehenge ocorriam em datas específicas do calendário. A razão para estas reuniões, nestes momentos determinados, se explica pela própria arquitetura do monumento. O perfeito alinhamento da entrada do morro circular e da “avenida” com os raios solares no poente do solstício de inverno e na alvorada do solstício de verão, e com a descida da Lua na posição mais meridional, a Sul Sudoeste, comprova que ali ocorriam cultos devotados aos ciclos lunares e solares. Na noite do solstício de inverno (21 ou 22 de dezembro) é celebrada a “morte” do Sol, e o início – na manhã seguinte – da longa jornada rumo ao seu apogeu, que ocorre no equinócio da primavera. O ciclo solar, tal como uma criança recém nascida sob a égide da constelação de Virgo ou Virgem, se inicia neste dia, trazendo as boas novas a todos - que seriam as perspectivas de renovação da natureza e de toda vida, através das dádivas dos raios solares incidindo gloriosamente sobre a mãe-terra. A longa noite de espera pelo renascimento do astro-rei, por aquele que traz a vida, o sustento e toda renovação da natureza ao longo das estações, era marcada por celebrações intensas, carregadas de grande significado esotérico e transcendental. A Lua também teria um papel interessante neste universo metafórico. Foram detectados restos de animais, cerâmicas e objetos diversos na vala, no ponto exato, a Sul-Sudoeste onde ela desaparece no horizonte na última noite da fase Cheia. Uma intrigante teoria sugere que nesta noite, ao visualizarem a Lua descendo no horizonte, os magos posicionavam os corpos dos mortos sobre a pedra “Altar”. Esta rocha, com tons claros que refletiam ao luar, criava um amálgama visual entre sua imagem e a da Lua. As almas dos falecidos, em meio a esta fusão mística, seriam carregadas juntamente com a Lua para o mundo da eternidade. Sabemos que tal corpo celeste personifica uma dramática jornada mitológica, “morrendo” ao final de cada ciclo e descendo ao mundo das trevas. Ali permanece oculta por um breve período (três dias) e renasce espetacularmente na terceira noite. Aqueles que “pegam carona” com a Lua, vencem a morte e ressurgem triunfalmente, atingindo uma outra dimensão, uma nova vida em um mundo além deste. Toda essa saga representa o eterno retorno e o milagre da ressurreição. Tal arquétipo foi exaustivamente incorporado por muitos sistemas religiosos posteriores, como, por exemplo, no culto ao deus-menino persa Mitra, na epopéia de Hércules, na saga descrita no Mahabharata daquele que é considerado a oitava encarnação do deus Vishnu, o semi-deus Mitra, e na lenda de Ísis e seu filho divino, Hórus. Em nossa doutrina utilizamos como método e objeto de estudos diversas formas de mitos de ressurreição/transformação. Destacamos o Tronco de Beneficência e a própria lenda mater de nossa Sagrada Ordem, Hiram Abif. 4.5 - Mitos de Ressurreição: Culto aos antepassados A religião dos antigos britânicos seria um culto aos antepassados? Esta pergunta foi uma das primeiras a serem formuladas pelos pesquisadores, no início do século XIX. Várias vertentes religioso-filosóficas englobam este componente, e isto também deveria ocorrer nas comunidades ancestrais da Europa. De acordo com esta hipótese, recentemente lançada, toda estrutura de Stonehenge se relacionaria a um complexo ritualístico mais amplo, abrangendo uma extensa área geográfica, voltado ao culto dos mortos, a sua passagem para outra dimensão e seu posterior renascimento. O círculo de pedras seria parte de um elaborado rito com vários capítulos, que se iniciaria a exatos 3,2 quilômetros dali, em Woodhenge – o outro círculo místico, feito em madeira. De sua única entrada sai um caminho ou curso ladeado por monólitos – similar ao de Stonehenge – que leva às margens do rio Avon. Esta “trilha” está precisamente alinhada com os primeiros raios de Sol no solstício de inverno, ao contrário de Stonehenge que se alinha com poente. Os arqueólogos estabeleceram uma intrigante relação entre estes dois círculos. Faziam parte de um elaborado culto que atravessaria a noite e o dia inteiro, da alvorada ao poente. Pessoas de toda região se dirigiriam inicialmente a Woodhenge, no final da noite anterior aos solstícios de inverno, permanecendo ali até a alvorada do dia seguinte. As edificações em madeira representam a vida, a mortalidade, a finitude, ou seja, o portal dos vivos. As celebrações ali desenvolvidas transcorriam com imenso consumo de comida e bebida. A grande quantidade de dentes de porcos achados no local, todos com nove meses de idade, comprova a idéia de que os eventos eram realizados exatamente nos solstícios de inverno. Marcando o início da fase seguinte do ritual, teríamos o nascer do Sol, com os primeiros raios incidindo exatamente pela entrada do grande anel e na avenida, diretamente sobre o altar de Woodhenge. As pessoas, então, seguiriam rumo às margens do rio Avon, caminhando pela avenida ou caminho, com o Sol orientando a marcha. Ali teriam contato com o elemento água, tal qual um batismo ou uma purificação aos vivos e mortos. O cortejo, em procissão, percorreria o curso do rio, até a altura de Stonehenge. Então, seguiriam a outra “trilha”, ladeada por megálitos, seguindo até o conjunto de pedras. Como já se finda o dia, o Sol agora se alinhava exatamente neste caminho. Chegando a Stonehenge, havia a coroação da celebração, começando no poente e transcorrendo por toda noite. Stonehenge simbolizaria o portal dos mortos - a imortalidade e perenidade das rochas, frias, imutáveis, resistentes, representam a eternidade. A entrada das almas nos reinos subterrâneos e seu posterior renascimento glorioso, juntamente com o novo ciclo solar pós-solstício, estaria garantida através deste rito. Vemos, nestas narrativas, a clara associação entre os magos do passado e do presente. Todos se voltam ao culto à existência de uma outra vida além da terrena, e à necessidade de elaborar adequadamente os mitos de ressurreição e transformação. 5 - CONCLUSÃO Como legítimos inquisidores da Verdade - ou phree-messen, conforme a tradição do antigo Egito – devemos atentar para a importância histórica de Stonehenge no processo de compreensão da construção mística de nosso simbolismo. A maior parte da obra se desfez nas intempéries dos tempos. Entretanto, a essência dos cultos primordiais que ali se desenvolviam se manteve incólume à passagem das eras. Os povos surgiam e pereciam, mas os mitos fundamentais, as lendas magnas e todo simbolismo desta era mística se cristalizaram de forma alquímica e inexorável nas almas daqueles que voltavam suas mentes para além do mundo visível. Seus inúmeros significados, recentemente compreendidos, trazem conclusões inesperadas e intrigantes. Os magos-arquitetos das eras ancestrais, que projetaram tal monumento, determinaram ali as bases seminais do simbolismo esotérico que fundamenta grande parte dos princípios das sociedades iniciáticas atuais. Erigido muito antes das primeiras iniciações no vale do Nilo e das celebrações a Elêusis, Orfeu e Dionísio, e mais de 2.000 anos antes do surgimento do lendário rei Salomão, o enigmático círculo de rochas pode ser considerado um legítimo Templo Maçônico, que operava a plena força e vigor, de forma justa e perfeita, de acordo com a ritualística primordial – que, basicamente, continua a mesma. Ao buscarmos a compreensão dos mistérios de Stonehenge, estamos, na realidade, trilhando mais alguns degraus em busca de nossa própria identidade. Carlos Alberto Carvalho Pires, M:.M :. A:.R:.L:.S:. Acácia de Jaú – 308 Or:. de Jaú - SP, Brasil REFERÊNCIAS: 1- Camino, Rizzardo D, “Dicionário Maçônico”, 1ª Edição, Editora Madras, 2.006. 2- Doucet, Friedich W., “O Livro de Ouro do Ocultismo”, 1ª Edição, Ediouro Publicações, 1.990. 3- Dyer, Colin , “O Simbolismo na Maçonaria”, 1ª Edição, Editora Madras, 2.006 4- Lomas, Robert, “Girando a chave de Hiram – Tornando a Escuridão Visível”, 1ª Edição, Editora Madras, 2.006. 5- Meaden, Terence “Stonehenge: the Secret of the Solstice”, 1ª Edição, Editora Souvenir, 1.997. 6- Niel, Ferdinand “Stonehenge: Arqueologia do Templo Secreto” 1ª Edição, Editora Hemus, 2.004. 7- North, John D “Stonehenge: A New Interpretation of Prehistoric Man and the Cosmos”, 2ª Edição, Editora Free Press, 1.997. 8- Souden, David “ Stonehenge Revealed” 3ª Edição, Editora Facts on File, 1.998 9 - www.english-heritage.org.uk --------------------------------------------------------------------------------

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O EXPERIMENTO FILADÉFIA

O EXPERIMENTO FILADÉFIA Na década de 40 em plena Segunda Guerra Mundial, alguns cientistas reconhecidos e famosos e alguns que acabariam por ser, criaram e construíram a mais avançada e espetacular experiência que o homem daquela época até a nossa poderia imaginar. Sob o pano ‘protetor’ da hecatombe mundial os Estados Unidos, através da sua marinha de guerra, incentivou e financiou o que já era um estudo desde a década de 20, mais que permanecia na mais completa teoria, formulada pelo físico e professor Ainstein. Segundo a Teoria da Relatividade de Albert Ainstein, e a Teoria do Campo Unificado do mesmo autor, eles poderiam fazer desaparecer dos olhos das pessoas qualquer objeto que tivesse em sua adjacência a trajetória da luz desviada, tornando assim este objeto invisível aos olhos de quem olhasse. Assim fizeram quando resolveram passar da teoria para a realidade, e por incrível que pareça conseguiram êxito, quando fizeram desaparecer pequenos objetos, como copos, bules e até garrafas, segundo consta. Na década de 40 o Mundo se encontrava em guerra e a marinha americana viu naquilo uma forma excelente de proteger os seus navios e poder ganhar a guerra, que se exercia em alto-mar, tendo vários navios seus e dos aliados torpedeados pelos inimigos, que já possuíam torpedos tele-guiados pelo magnetismo do casco do navio, explodindo quando tivessem bem perto do casco do navio inimigo, afundando-os assim com facilidade. A marinha americana viu naquele experimento uma solução para esconder os seus navios da visão dos navios inimigos e passou, através do governo americano, a financiar o projeto dos cientistas dando um rumo grandioso e importante a experiência, que no inicio foi um sucesso total, mas eles não sabiam de tudo, pois este era, como é até hoje, um campo totalmente novo para a ciência e ainda faltam elos seguros para a sua continuidade, resultando na época em algo inesperado e inimaginável até hoje, pois se na época já era secreto, hoje, se existe estudos a seu respeito ou algum tipo de experiência, certamente é secretíssimo, pois envolve a dimensão, o espaço o tempo e até ocultismo. A seguir a mostra de um documento produzido pelo Sr. Clay Tippen de Los Angels em 1991, transcrito de uma fita de vídeo do Sr. Afred Bielek um dos poucos sobreviventes do que veio a acontecer na época, documento este que foi publicado em 1992 pelo Sr, Rick Andersen da Pensilvania e assim se encontra originalmente. "O Universo não é apenas mais estranho do que imaginamos, ele é mais estranho do que nós podemos imaginar." EXPERIMENTO FILADÉLFIA A Palestra de Al Bielek na Conferência da MUFON, em 13 de janeiro de 1990 INTRODUÇÃO: Transcrito em 12 de outubro de 1991 por Clay Tippen, 7809 Cypress St. West Monroe, L.A 71291-8282. A advertência a seguir foi feita por Rick Andersen. Nota do tradutor: Todas notas entre "[ ]" são do tradutor. "Este documento pode ser publicado livremente*. Serve ao propósito daquelas partes interessadas em aumentar a sua informação sobre o Experimento Filadélfia. Por favor, sinta-se à vontade para levar este documento para qualquer BBS [ou site] que desejar. Mas por favor, não o aumente ou diminua. No momento, ele não tem nenhuma alteração. Este documento foi transcrito de um fita de vídeo. Recebi o tape por volta de maio ou junho de 1990. Depois de assisti-lo e revisá-lo cerca de uma dúzia de vezes, mostrei-o a alguns amigos, e como eu, eles ficaram espantados. Alguns acreditaram nele, e outros não. Agora, vocês poderão tomar a sua própria decisão. Alfred Bielek é um dos sobreviventes do Experimento Filadélfia. Vários dos nomes e lugares que o senhor Bielek menciona, não puderam ser entendidos corretamente, devido aos níveis de áudio, e por terem sido apenas murmurados. Claro, havia muitos lugares e coisas que eu nunca tinha ouvido falar, e não tinha a menor idéia de como eram soletrados. Tentei pesquisar alguns deles para ter certeza que estava tudo correto. Igualmente, algumas das palavras soam um pouco estranhas, em um inglês pouco apropriado, com palavras e sentenças duplas [este documento está exatamente como foi deixado por Rick Andersen, em outubro de 92]. Esta conferência foi realizada na Mufon Metroplex em Dallas, Texas, em uma reunião sobre UFOs. A data desta conferência foi 13 de janeiro de 1990. O nome do locutor é Alfred Bielek, e isto é como ele explica a começo e o assim chamado término do experimento". Anfitriã: Alfred Bielek é nosso locutor esta noite, e eu o ouvi na conferência sobre UFOs em Phoenix, em setembro, e penso que todos concordam que ele foi o mais interessante de todos os locutores, ao menos no material subjetivo. Então, que eu saiba, não há muitos por aí que tenham estado envolvidos no Experimento Filadélfia e que ainda possam contar sobre esta experiência. Ele está. Então, acho que este é realmente um excitante programa. Agora, há muitas conexões sobre UFOs em um sentido que, bem ... vou deixá-lo contar-lhes um pouco sobre isso, mas um dos projetos no qual ele estava trabalhando ainda é altamente classificado, envolve os UFOs, e ele realmente não pode falar muito sobre isto; esta noite, ele poderá somente tocar brevemente no assunto. Mas eu penso que é realmente interessante que há tantos segredos governamentais sobre isto quanto há sobre UFOs, e o governo sempre nega que isto tenha acontecido. Então, quanto a esta relação, eu penso que isto é realmente interessante, e isto certamente tem uma conexão com as coisas que discutimos aqui em nosso grupo. Então, com tudo isso, apresento Alfred Bielek. O Experimento Filadélfia Como foi anunciado, meu nome é Alfred Bielek, eu sou um sobrevivente do Experimento Filadélfia. Antes de começar, vou perguntar: quanto às pessoas que estão aqui, quantos de vocês sabem sobre o que era, realmente, o assim chamado Experimento Filadélfia? Eu não vejo muitas mãos se levantando. Então, provavelmente a segunda pergunta é um pouco supérflua. Quantos de vocês tem qualquer idéia sobre se este experimento começou nos anos da guerra? É isto, Segunda guerra Mundial, eu diria 41 ou 42. Quantos de vocês pensam que isto começou aí? Muitos poucos se informaram sobre isto.... Umas poucas mãos se levantaram. Ou quem pensa que isto começou mais cedo? Bem, aqueles que disseram mais cedo estão corretos. Isto teve a sua gênese em 1931-1932, em uma estranha e pequena cidade onde ventava muito, chamada Chicago, em Illinois. Por esta época, pelos anos vinte e trinta, houve muita especulação na literatura popular, ou seja, na literatura popular do tipo "Popular Science", "Popular Mechanics", "Science Illustrated", sobre assuntos como invisibilidade, tentativas de fazer um objeto ou uma pessoa desaparecer, e até em teletransporte. Eu penso nas pessoas daquela época, escrevendo e achando que talvez estivessem perto disso, em termos de realização científica, mas havia muita especulação, e muito pouco, se havia, sendo feito neste sentido. Por volta de 1931, algumas pessoas decidiram que era tempo de fazer alguma coisa a este respeito, e foram todos à Universidade de Chicago. Os três principais envolvidos eram o dr. Nikola Tesla, o dr. John Hutchinson, deão da Universidade de Chicago, mais tarde chanceler, e o dr. Kirtenauer, que era um físico austríaco, que tinha vindo da Áustria e estava no corpo docente da Universidade de Chicago. Eles fizeram uma pequena pesquisa.... um estudo de plausibilidade, tipo coisa daquela época, que não realizou muito, naquele momento em particular, naquele período. Um pouco mais tarde, o projeto inteiro foi levado para o Instituto de Estudos Avançados de Princeton. O Instituto de Estudos Avançados era uma organização interessante. Não era parte do sistema da universidade, nem era parte de Princeton. Ficava em sua área, mas era uma entidade independente. Foi fundado em 1933, sob os auspícios de quem, ou para qual propósito, não poderia realmente dizer, outros do que alguém poderia desejar, um instituto para estudos muito adiantados, pesquisa pós-doutoral e este tipo de coisas. Entre as primeiras pessoas que vieram se juntar estava uma pessoa bastante interessante e bem conhecida, Albert Einstein. Não entrarei em detalhes sobre ele, porque sua história é bem conhecida, mas ele uniu-se à equipe em 1933. Ele era, claro, de Bonn, Alemanha, e depois de deixar este país em 1930 (alguns dos biógrafos dizem que ele saiu em 1933, mas foi em 1930), ele veio para os Estados Unidos, e foi para Pasadena, Califórnia. Ele estava ensinando em Cal-Tech. Ele esteve lá por cerca de três anos, e foi então convidado a unir-se ao Instituto, o que ele fez em 1933, e ele permaneceu lá até a sua morte. Sua função principal era como físico teórico, um pensador, estritamente matemático, na área da física. Tornou-se bem conhecido por sua Teoria Especial da Relatividade, sua Teoria Geral da Relatividade e sua especulativa Teoria do Campo Unificado. Outras pessoas vieram unir-se, pela mesma época. Um dos mais importantes foi o dr. John von Neumann, nascido em Budapeste, Hungria, que tinha vindo da Europa. Ele graduou-se em matemática, e teve seu PhD em matemática em 1925, em Budapeste. Ele ensinou no sistema universitário alemão por aproximadamente quatro anos, em dois diferentes cargos. Durante este período ele encontrou o dr. Robert Oppenheimer, que estava na Europa na mesma época e que veio a tornar-se importante após este projeto, e inúmeras outras pessoas. Agora, von Neumann era bastante interessante. Ele era um teórico, um matemático teórico. Mas ele era também um "crânio", o que significa que ele sabia como aplicar a teoria pura. Einstein não sabia, e isto é muito importante. Então, uma das outras pessoas dirigiu-se para aquela universidade, uma onde alguém estava ensinando à época, era um homem muito importante, se puder ler minhas notas aqui, era um homem chamado David Hilbert. Provavelmente nenhum de vocês jamais ouviu falar sobre ele. Um doutor em matemática, ele era considerado na Europa como o matemático de maior projeção; que eu saiba, ele nunca deixou a Europa. Ele nasceu, cresceu e morreu na Alemanha. Ele morreu lá por volta de 1965, aproximadamente. Mas ele estava no círculo de contatos do dr. von Neumann. Hilbert é mais conhecido e lembrado pelo fato de ter desenvolvido uma forma muito exótica de matemática, chamada Espaço de Hilbert. Ele foi o primeiro homem a definir matematicamente realidades múltiplas, espaços múltiplos e o que tudo isto significava em termos de um ponto de vista da matemática. Para a maioria de nós isto é quase sem sentido, e para a pessoa comum isto é sem sentido, mas é importante para os físicos e para os matemáticos, porque ele traçou o caminho para o que veio a tornar-se o Experimento Filadélfia. Hilbert e von Neumann o fizeram juntos. Von Neumann escreveu um ensaio na Alemanha, em alemão, sobre Hilbert e alguns de seus trabalhos. E von Neumann, sendo ele mesmo bastante conhecido, tomou o trabalho de Hilbert e "deu-lhe uma melhorada", como se costuma dizer, desenvolvendo um completo e novo sistema de matemática. Von Neumann é bem conhecido nos círculos matemáticos, como também Hilbert, e teve publicados trabalhos, alguns discretos, pós-Experimento Filadélfia. Uma das coisas pelas quais ele tornou-se conhecido foi a Teoria dos Jogos. Ele também desenvolveu um sistema de operadores de anéis [ring operators], uma espécie muito exótica de álgebra, mas nada que signifique algo para qualquer um, exceto para aquele altamente graduado em matemática e que seja matemático puro. Outras pessoas tornaram-se importantes para este projeto à medida que o tempo corria. Aproximadamente em 1934, eles mudaram o projeto para o Instituto, e o dr. Tesla entra aqui. Tesla é um homem muito importante. Toda a sua história é bem conhecida. Há um filme, feito por Segrabe Productions na Iugoslávia, descrevendo a sua vida. Ele nasceu em 1856. Ele foi para a escola, a escola regular, um ginásio, que era o colégio deles, ele começou em uma universidade. Ele estava lá há um ano quando o seu pai morreu. Ele ficou sem dinheiro, e assim não podia continuar sua educação formal, mas ele fez um acordo com os professores, que o deixavam sentar-se nas salas de aula. Ele então buscou trabalho onde podia encontrar, na Europa, e trabalhou para a Western Union por um período de tempo. Depois, uniu-se às Edison Corps. da Europa. E, quando decidiu mudar-se para os Estados Unidos em 1884, ele tinha uma carta de apresentação de um homem de Edison, que gerenciava as Edison Corps. na Europa. Então ele chegou aos Estados Unidos em 1884, e como se diz, com um bom conhecimento de onze línguas, quatro centavos no bolso, um livro de poesia, e uma carta de apresentação para Thomas Edison. Isto era o mais importante que ele tinha, a carta de apresentação, porque ela tornou-se, por um período de tempo, o seu sustento. Ele foi apresentado a Edison, e imediatamente entrou em discussão com ele sobre as diferenças em sua abordagem básica da eletricidade. Edison era partidário da DC [direct current - corrente contínua], e Tesla, como é bem sabido, era partidário da AC [alternate current - corrente alternada]. Edison não podia ver nada na AC, nem queria ter nada com ela. Ele tinha interesse em investir, se o quiserem, no maquinário DC o qual ele tinha projetado e construído, e nos sistemas de energia que ele tinha montado. Bem, ele trabalhou, quer dizer, Tesla trabalhou para Edison por cerca de seis meses. Eles entraram em uma violenta discussão sobre dinheiro, isto é, sobre uma promessa que Edison tinha feito a Tesla, de que, se ele resolvesse um determinado problema, dentro de um certo limite de tempo, ele, Edison, lhe daria US$50.000,00 como bônus. Bem, Tesla fez o trabalho no prazo e foi a Edison perguntar-lhe pelo bônus. Edison riu, isto era uma grande piada, era o senso de humor americano e tudo isso. Tesla não pensava assim, que aquilo era uma grande piada, fez suas malas e deixou-o imediatamente, indo de novo cavar fossas. Depois disso ele encontrou várias pessoas, fez várias coisas, uma delas sendo para o presidente da Western Union, tendo trabalhado para ele por um período de tempo. Este cavalheiro ajudou-o a instalar o seu primeiro laboratório. Com o tempo, tornou-se um cidadão americano, e começou a dar uma série de palestras no antigo Instituto de Engenheiros Eletricistas, o qual, entre os anos de 1880 e final da década de 1890, era muito famoso em Nova Iorque, tendo Tesla se tornado um locutor regular e proeminente, sobre vários assuntos e cursos envolvendo teoria sobre AC, energia elétrica e tudo aquilo que ele pensava que era importante. Com o apoio de todos lá, tudo que ele apresentava era importante. Certa vez, ele deu uma demonstração sobre teoria elétrica e energia AC, e um dos freqüentadores era o senhor George Westinghouse. Então, aproximadamente em 1889, Westinghouse comprou todas as patentes de Tesla, 20 delas sobre sistemas de geração e distribuição de energia elétrica em AC, pagando-lhe um milhão de dólares em dinheiro vivo, e um royalty de um dólar por cada cavalo-vapor, ou seja, por cada cavalo-vapor produzido pelas maquinas, a partir daquele instante e enquanto durassem as patentes. Isto colocou Tesla completamente nos negócios. Em 1893, Tesla ganhou um prêmio por ter fornecido a energia para a Exposição Mundial de Chicago. Era a primeira vez que uma grande exposição tinha qualquer aparelho de geração de energia AC; anteriormente, era a energia DC, quando havia energia disponível, e isto não agradou em nada o senhor Edison, mas, não obstante, Tesla ganhou-a. Ele foi apoiado por J.P. Morgan. E ele também fez algo de notável nesta exposição: demonstrou pela primeira vez, publicamente, um modelo de barco rádio-controlado, em uma doca. Ele repetiu esta demonstração em 1898, no Madison Square Garden, na cidade de Nova Iorque. Neste meio tempo, houve uma competição sobre o desenvolvimento de alta tensão e transmissão de energia a longas distâncias, e Tesla ganhou a concessão para construir a estação elétrica do Niágara, a primeira e maior estação de energia hidrelétrica nos Estados Unidos a ser equipada com energia AC. Ele ganhou-a porque ele prometeu que podia transportar energia até a cidade de Nova Iorque, sem perdas, e provou-o. Em 1899, Tesla foi para Colorado Springs para fazer um monte de pesquisas, e neste período ele estava intrometendo-se em várias áreas básicas envolvendo eletricidade em alta tensão e raios elétricos — a bobina de Tesla, se desejarem. Já estava lá há dois anos, quando fez alguns anúncios para a imprensa. Uma delas, em 1899, foi que ele tinha estado em contato com pessoas de fora do planeta Terra, et’s, se quiserem, em nossa terminologia moderna. A imprensa tomou bastante notas de tudo aquilo, e os colegas cientistas viram aquilo com desagrado, na época. Aquele não era um assunto popular; eles pensavam que ele era talvez um pouco ‘biruta’, o mesmo que pensariam dele muito mais tarde, um par de décadas mais tarde. Mas ele manteve suas opiniões. Bem, em 1906, com JP Morgan apoiando-o de novo, ele desenvolveu um sistema para transmissão de sinais de rádio e televisão [sic - não existia televisão, na época - NT], e a Torre Wardencliff foi construída em Long Island, em 1906. Cerca de um ano antes de sua conclusão, ele foi até JP Morgan e disse, "Realmente, senhor Morgan, eu pretendo usar esta torre para a produção de ENERGIA LIVRE [grátis], para todo mundo. ENERGIA ELÉTRICA LIVRE". E o senhor Morgan disse a ele, "O que o senhor quer me dizer, senhor Tesla, é que qualquer um pode esticar uma vara de antena na terra, e outra no ar, e pegar toda ENERGIA LIVRE que quiser, e eu não posso colocar um medidor lá para medir isto e cobrar?". E Tesla disse, "Isto é correto". JP Morgan disse, "Eu vou responder-lhe, senhor Tesla, quando estiver pronto para o senhor". Obviamente, o senhor Morgan nunca chamou-o de novo, e cortou-lhe todo os fundos. A Torre Wardencliff ficou lá até 1914, quando foi dinamitada por alguém. E esse foi o fim daquele projeto. Neste meio tempo, Tesla iniciou outras coisas. Eu serei mais breve agora, porque estamos entrando na parte principal disto tudo. Em 1917, é claro, teve início uma guerra - a Primeira Guerra Mundial. Tesla foi abordado por Franklin Delano Roosevelt, então secretário da Marinha, para fazer algum trabalho para o governo, com o que ele concordou prazerosamente. Ele também envolveu-se à época com a American Marconi Co., e esta companhia foi confiscada durante a Primeira Guerra Mundial, porque poderia ser um possível rincão de atividades estrangeiras, e vocês conhecem a paranóia usual que existe em tempos de guerra. E a companhia inteira foi absorvida pelo governo, Tesla com ela. Tesla desenvolveu um número de coisas interessantes nesta época, uma das quais foi o Sistema de Antenas Rogers [Rogers Antenna System]. O Sistema Rogers para transmissão sem fio, tornou isto possível para os militares da época — a patente esteve classificada [secreta] por muitos anos ¾ transmitir comunicações por voz para a Europa, a partir dos Estados Unidos, sem estática e sem ruído, um feito inédito para a época. O sistema ainda é usado hoje em dia pelos militares. Em 1919 uma nova corporação foi formada, a RCA, e Tesla tornou-se parte dela. Ela foi formada a partir do antigo núcleo da American Marconi. Tesla permaneceu com a RCA, primeiro como engenheiro, depois como diretor de engenharia, e depois de 1935 como o diretor mundial de toda engenharia e pesquisa para a RCA, onde permaneceu até 1939, época em que se aposentou. Durante todo este período de tempo, ele teve uma impecável trilha de recordes em produzir maquinário que trabalhava e nunca falhava, i. é, ele nunca falhava em produzir alguma coisa que funcionasse. Ele era também bem conhecido como alguém capaz de visualizar as coisas em sua cabeça antes de colocá-las no papel, ou em dizer a alguém o que construir, descendo aos menores detalhes. O que é importante é saber isto, e compreender que a abordagem de Tesla aos projetos era largamente intuitiva, não sem uma base matemática, porque ele a tinha, mas a sua matemática era aquela do século passado, dos anos 1880. E havia um monte de coisas conhecidas sobre teoria elétrica na época, mas ainda não foi nesta época que eles desenvolveram o rádio. Hertz entrou nisto entre os anos 1880 e 1890. Tesla nunca concordou com Hertz sobre o que seria uma onda de rádio. Mas em 1933 Roosevelt tornou-se presidente dos Estados Unidos. Ele chamou seu velho amigo Nikola Tesla para ir até Washington, e perguntou-lhe, "Você gostaria de fazer mais algum trabalho para o governo?", e Tesla disse, "Claro!". Então Roosevelt disse, "Nós temos um projeto para você". Ele iria tornar-se o diretor do que seria mais tarde conhecido como o Projeto Filadélfia. E foi assim que Tesla basicamente veio a envolver-se com esse projeto. Ele foi nomeado pelo presidente, até onde podemos determinar agora. Ele foi o primeiro diretor, isto é mostrado em alguns registros, e eles prosseguiram. Em 1936, houve um primeiro teste de algumas máquinas, e isto teve um sucesso moderado. Isto teve como resultado uma invisibilidade parcial, o bastante para encorajá-los e mostrar-lhes que estavam no caminho e na trilha certa, e a Marinha ficou muito interessada; este interesse começou no início de 1931, o que fez aparecer algum dinheiro para pesquisa. E em 1936 eles forneceram mais, e o projeto expandiu-se. Bem, as coisas continuaram se expandindo a partir deste ponto, e mais pessoas vieram trabalhar no projeto. Um tal dr. Gustave Le Bon veio a tornar-se um íntimo associado do dr. von Neumann, e juntou-se à equipe. Não pude encontrar nenhum registro dele hoje, mas não obstante ele estava lá, e um outro homem, um tal dr. Clarkston, que veio aproximadamente em 1940. Agora, já não era apenas este projeto que estava sendo desenvolvido no Instituto. Havia outras pessoas lá, fazendo variadas coisas. O único homem que sabia tudo que estava acontecendo lá, era, é claro, o dr. Einstein; ele era considerado como um general. Se você tinha um problema, ia ver o general. Ele era um general de consultas para todos, qualquer que fosse o projeto. Agora, a coisa continuava a crescer. Não entrarei ainda em detalhes sobre como me envolvi nisto, não disse ainda o suficiente para isso. Eu entrei muito mais tarde. Mas acho que o que quero agora é fazer um ligeiro intervalo do lado teórico, e mostrar-lhes um fita de vídeo, parte dele, produzido pela EMI Thorn Corp. da Inglaterra. Este filme foi produzido basicamente em 1983, e ele foi distribuído nos Estados Unidos em 1984 a partir da Inglaterra, para ser exibido em cinemas, para ficar em cartaz até meados de agosto de 84, e o filme só permaneceu por DUAS SEMANAS. Cerca de três dias antes do filme ser lançado, a EMI Thorn recebeu uma carta do governo dos Estados Unidos dizendo "não queremos que este filme seja exibido nos Estados Unidos". Eles decidiram, depois de alguma deliberação, ignorar a carta, porque eles já tinham planejado as datas de lançamento, e eles disseram, bem, só três dias antes, nós podemos dizer que jamais recebemos a carta. Então eles lançaram o filme, e ele foi mostrado em vários lugares; Nova Iorque, Filadélfia, e como se esperava, houve enorme filas para vê-lo, em várias outras cidades dos EUA; Phoenix, Sedona, AZ., Chicago, Los Angeles, onde estivesse. Uma outra carta chegou à EMI Thorn, na Inglaterra, logo depois disso ¾ e bem rigorosa, "Nós não queremos este filme exibido nos Estados Unidos". Então a EMI Thorn não podia ignorar a segunda carta. Então eles expediram outra de volta para o governo, dizendo ‘se vocês quiserem interromper a exibição deste filme, terão que fazer uma injunção judicial para isto’. E o governo dos EUA disse ‘nós o faremos’, e eles o fizeram. Eles conseguiram uma ordem judicial proibindo a exibição do filme nos Estados Unidos. Aquela ordem judicial foi cumprida um pouco antes de setembro, e o filme desapareceu completamente por dois anos. Neste meio tempo, a EMI Thorn foi em frente e decidiu que iriam lutar, o que fizeram com sucesso. Dois anos depois eles conseguiram uma contra-injunção, derrubando a primeira, e o filme ficou disponível em fita de vídeo. Eu não acredito que ele tenha sido exibido em algum cinema depois disso, mas a fita de vídeo está disponível. Agora o filme, a fita de vídeo, "O Experimento Filadélfia" é o título atual. Ele é relativamente preciso na primeira parte do filme, mas eles o embelezaram, eles queriam fazer um filme bem interessante, uma história de amor, e distorceram alguns das partes no final, não obstante, eu gostaria de mostrar-lhes a primeira parte dele, porque é muito apropriado para o que vem a partir deste ponto. {O senhor Bielek mostrou um curto excerto do filme (agora disponível em locadoras de vídeo), chamado "O Experimento Filadélfia". O filme começa do início e continua até os dois rapazes saltarem sobre a amurada do navio. Se vocês ainda não viram este filme, "O Experimento Filadélfia", valeria a pena fazê-lo}. O senhor Bielek continua... Até este ponto a história é relativamente precisa; eles mudaram uma coisa: a data. Isto ocorreu em 12 de agosto de 1943. Foi uma experiência verdadeiramente desastrosa, mas um pouco aconteceu no intervalo, e isto conduzirá eventualmente ao resto da história. Agora, como eu tinha falado, em 1936 eles tiveram um grau moderado de sucesso, mas nada além disto. A intenção original era produzir um campo de invisibilidade em volta de um objeto. Então eles seguiram trabalhando, e em 1940 eles conseguiram o seu primeiro sucesso real sob a direção de Tesla, num estaleiro da Marinha, em Brooklyn. Era um pequeno navio, sem ninguém a bordo. O equipamento especial foi colocado no navio. Ele foi energizado a partir de dois navios, um de cada lado, que o supriam de energia através de cabos de força; no caso de alguma coisa sair errada, eles podiam cortar os cabos, e se as coisas ficassem irremediáveis, poderiam afundar o navio. Mas eles não precisavam ficar apreensivos, aquelas eram precauções que a Marinha sempre tomava. Foi um sucesso completo. O pequeno navio tornou-se invisível. Não havia ninguém a bordo desta vez, porque isto seria feito mais tarde, como parte do teste. Bem, aquilo foi declarado como um sucesso. A Marinha estava radiante, eles sentiam isso e liberaram enormes montantes de dinheiro para a pesquisa, e o projeto foi classificado em setembro de 1940, tendo sido denominado "Projeto Rainbow" [Projeto Arco-Íris]. As coisas começaram a engrenar, deste ponto em diante. Agora, acho que neste ponto deveria dizer onde entro nisto, eu e meu irmão. Nasci a 4 de agosto de 1916, em uma área de Nova Iorque, de um senhor Alexander Duncan Cameron, Sr., o pai, e uma mãe que não acredito fosse casada, a partir da pequena pesquisa que pudemos fazer. Tive uma vida bastante monótona, embora agradável, porque havia dinheiro na família. Meu irmão nasceu em maio de 1917. E nós seguimos nosso caminho feliz. Nós estávamos com tudo, não tínhamos qualquer preocupação com dinheiro. Quando vieram os anos da Depressão, nós decidimos ir para a escola e obter educação. Meu irmão foi para a universidade de Edimburgo, em Edimburgo, na Escócia, até graduar-se em 1939, no verão de 39, com um PhD em Física. Eu fui para Princeton, onde tirei o bacharelado e o mestrado; fui para Harvard para o meu doutorado. Anteriormente, von Neumann me falara, "Você não deve tirar o seu doutorado aqui em Princeton. Vá para Harvard, é uma escola melhor". Então eu tirei o meu doutorado em Harvard; acho que foi em agosto de 39. Neste meio tempo, eu deveria acrescentar, houve algumas outras coisas acontecendo nos bastidores, e o que aconteceu estava relacionado ao nosso pai. Ele tinha servido na Marinha durante a Primeira Guerra Mundial. Ele era marinheiro, pelas fotos que temos em nosso álbum de família. Quando ele engajou-se e quando deixou a Marinha, não sabemos exatamente. Estes documentos se perderam. Mas, até onde sabemos, ele passou vinte anos lá, tendo se reformado no início dos anos 30. Não sabemos qual patente ele atingiu, nem quais conexões ele tinha, mas ele devia ter várias e interessantes conexões com a inteligência, devido ao que aconteceu a partir daí. Agora, os anos 30. A partir daí, ele nunca mais trabalhou um dia em sua vida... a propósito, ele não precisava disto. Agora, nos anos 30 ele tinha um passatempo, que era a construção de enormes barcos a vela, os quais ele usava para disputar várias regatas, em volta de Long Island, o que era muito comum então. Ganhou um ou dois troféus. Quando se cansava do barco, vendia-o e construía outro. Neste meio tempo, ele veio também a tornar-se muito ativo em outras coisas. Estas outras coisas eram o contrabando de cientistas fugitivos do nazismo e da Alemanha, trazendo-os para os Estados Unidos. Esta é uma longa história, e eu não necessito realmente alongar-me nela. Mas isto cessou em 1939, quando a guerra começou. Em setembro de 1939, devido aos arranjos de meu pai, que aparentemente tinha muita influência na Marinha, ficou combinado que nos alistaríamos nesta, o que fizemos nesta data. Fomos então comissionados e enviados para uma escola especial de treinamento naval em Providence, Rhode Island, por 90 dias. Nós estávamos, provavelmente, entre os primeiros a passar pelo que seria mais tarde chamado de "os 90 dias maravilhosos" na Marinha. Em 90 dias você era treinado como oficial, e era suposto que saberíamos de tudo. Seja como for, estávamos então ao final de 1939, começo de 1940. Nós fomos designados para o instituto. Agora, neste meio tempo, tínhamos tido algum contato com ele, e íamos lá periodicamente. Eu mesmo tinha estado lá por um período de tempo, porque estava em Princeton. Mas fomos designados para o instituto em tempo integral, e nosso trabalho era representar o interesse da Marinha neste projeto. Eles queriam duas pessoas que tivessem experiência científica e treinamento para relatar acuradamente, na teoria e na prática, tudo o que se fizera, estava sendo feito ou iria se fazer. E este era o nosso principal trabalho. Tínhamos sido designados para o instituto, e tínhamos também escritórios no estaleiro da Marinha, em Filadélfia. Agora em 1940, como eu tinha dito, um teste tivera sucesso. O projeto fora classificado. Foram dados fundos ilimitados a Tesla, em companhia do grupo, o qual continuou a se expandir. Não me lembro de todas as pessoas envolvidas, mas tivemos uma outra estrutura que veio a ser criada, uma estrutura da Marinha. Até agora eu toquei em grande parte na parte civil disto. Agora, há uma parte da Marinha. No topo estava o Office of Naval Engineering [Escritório de Engenharia Naval]. Naqueles dias, eles não tinham um Office of Naval Research [Escritório de Pesquisas Navais]. Este era o Office of Naval Engineering, e Hal Bowen, Sr., Almirante, era o encarregado. Ele não somente era o supervisor da Marinha para este projeto, mas para todos os projetos de desenvolvimento de engenharia desta natureza, durante a guerra. Este escritório, a propósito, foi fechado em 1946, e substituído pelo Office of Naval Research, do qual Hal Bowen foi novamente o diretor até reformar-se em 1947. Mas durante aquele período ele foi, pode se dizer, o manda-chuva na Marinha. Abaixo dele havia várias outras pessoas. Havia um comando firmemente estabelecido. Não entrarei em detalhes, mas havia um tenente-comandante, Alan Batchelor, que tornou-se uma espécie de chefe da equipe, e cuidava do pessoal que iria trabalhar no projeto de invisibilidade, o qual era então desenvolvido em duas fases. Alan Batchelor, a propósito, ainda está vivo; ele reformou-se da Marinha como tenente-comandante. Eu o conheci pessoalmente. Eu não sabia, por um longo período de tempo, se haveriam outros sobreviventes, e então repentinamente descobri sobre este cavalheiro através de outros amigos em Nova Iorque, e conversei com ele, eventualmente indo visitá-lo. E ele se lembrava, essencialmente, de todo o projeto. De fato, ele identificou-me pelo telefone, na conversação telefônica. Ele disse, "Sim, você trabalhou no projeto, eu me lembro de você. Não, seu nome não era Bielek". Eu disse, "Bem, e qual era, então?". Eu queria ver se ele se lembrava. Ele me disse o nome, e se lembrou de meu irmão. Isto tudo apenas margeia a história principal. Agora, uma das outras coisas que tinham que ser feitas era desenvolver uma equipe especial. Isto veio a ser feito um pouco mais tarde. Em janeiro de 41, a Marinha decidiu que eu e meu irmão necessitávamos de alguma experiência marítima, então eles nos transferiram para o estaleiro da Marinha no Brooklin, e cerca de um mês ou mais depois, fomos designados para o Pensilvânia, uma conservada galera de guerra, e saímos em direção ao Pacífico. Ficamos por lá por todo o ano de 1941. Por volta de outubro de 41, quando o Pensilvânia foi levado para Pearl Harbor, para um dique seco para realizar alguns reparos, nós tiramos uma licença e fomos para São Francisco. Estávamos com tudo na São Francisco daqueles dias, e ficamos lá durante os meses de outubro e novembro, início de novembro; e neste mês finalmente decidiu-se que nós íamos voltar para Pearl Harbor. Nossas ordens eram breves, e em 5 de dezembro já estávamos na pista para tomar o avião, na Base Aérea Naval, para sermos mandados de volta para Pearl Harbor, quando fomos interceptados por um capitão da Marinha, que nos cumprimentou e falou, "Suas ordens foram canceladas. Venham comigo". Nós o seguimos subindo as escadas para uma sala da Base Naval, e encontramos Hal Bowen, Sr., que falou, Cavalheiros, suas ordens foram canceladas. Talvez vocês saibam que estaremos em guerra com o Japão dentro de 48 a 72 horas. Nós esperamos um ataque a Pearl Harbor. Vocês são muito valiosos para serem mandados de volta a Pearl Harbor; vocês permanecerão aqui na área de São Francisco. Vocês podem trabalhar com papelada. Vocês serão designados para o Pensilvânia; ele está lotado em São Francisco. Podem terminar o seu turismo aqui em São Francisco. Depois, voltarão para o Instituto, para continuarem o seu trabalho. Apreciem enquanto podem, porque depois não haverá mais tempo, e lá não haverá nada além de trabalho pesado para vocês". E fizemos isso, e gostamos muito. E voltamos para lá em janeiro de 42. Mas neste ponto, um monte de coisas tinham acontecido. Tesla tinha conseguido um navio de guerra, através de um amigo. Eu acho que era Franklin Delano Roosevelt, que estava na Casa Branca. Ele disse, "você pode ter este navio; vá em frente, torne-o invisível". Havia plena confiança de que ele podia fazê-lo. Daí, este estava prosseguindo com a construção do maquinário. Havia vários, três transmissores de RF [radio-frequency], um gerador principal, acredito eu, então havia dois. O plano geral de ataque, sem me tornar altamente técnico, era uma série de bobinas magnéticas alimentadas por estes geradores, as quais produziriam um campo magnético muito intenso, e inicialmente elas eram enroladas em volta do casco do navio. Depois, isto foi mudado para bobinas montadas no convés, quatro delas. E campos de RF, todos sincronizados com freqüências especiais, e com uma modulação de formas de onda desenvolvida por Tesla, as quais iriam produzir o campo de invisibilidade. Ao longo de todo este tempo (terei de preenchê-lo um pouco com Tesla), ele fez um outro anúncio para a imprensa, em 1923, acerca de conversação com et’s fora do planeta, o que caiu em alguns ouvidos interessados, mas em muitos ouvidos moucos, também. E ele afirmava estar em comunicação com et’s. Depois de ter-se aposentado da RCA, ele se tornou mais ativo neste projeto, mas ele também mantinha um laboratório em seu refúgio no Hotel Nova Iorque, em Nova Iorque, no último andar. Ele tinha um outro laboratório em Nova Iorque, não muito importante, em um lugar separado. Sem que muita gente soubesse, ele mantinha um segundo laboratório, o qual aparentemente era o principal, no topo do Wardolf Astória, em ambos os terraços. Ele mantinha um transmissor instalado no Wardolf, e suas antenas receptoras e os receptores, que tinham sido construídos pela RCA sob a sua direção, estavam no New Yorker. E sei de duas pessoas que trabalharam com Tesla, durante aquele período, que dizem que ele estava usando aquele equipamento, ele estava conversando com alguém, quase todo dia, e um deles foi enfático: era alguém de fora do planeta. Falando claramente, ele estava se comunicando com et’s! Quem? Não tenho idéia. Isto nunca foi revelado. Mas durante aquele período ele conseguiu mais informações, porque foi repentinamente até a Marinha e disse, "Nós iremos ter problemas. Iremos ter um problema realmente sério. Vocês não poderão gerar a quantidade de energia necessária para fazer um navio enorme desaparecer sem ter efeitos sobre os tripulantes. Eu preciso de mais tempo. Preciso desenvolver contramedidas, para evitar que o pessoal sofra danos". A Marinha disse, "Você não pode. Você tem prazo final. Há uma guerra em andamento. Faça isto funcionar. Você pode fixar a data, mas não pode mudá-la". Faça-o funcionar, em outras palavras. Havia um prazo limite, que aconteceu de ser março de 42. A data do teste se aproximava; ele ficou apreensivo com aquilo, e finalmente decidiu, se não houve prorrogação no tempo e ele não pudesse modificar o maquinário para corrigir o problema, só restaria uma saída. E isto seria sabotar o equipamento, não destruindo-o fisicamente, mas certificando-se de que ele nunca iria funcionar, quando fosse ligado, e isto é o que ele faria na data do teste, em março de 42. O navio de guerra não teria uma tripulação especial. Ele tinha a tripulação regular, muito embora tivesse o equipamento especializado. As chaves foram viradas e nada aconteceu. O senhor Tesla inclinou-se, e falou, "Bem, cavalheiros, o experimento falhou, e é hora de deixá-los. Há uma pessoa aqui que pode tomar conta disso e fazer as coisas funcionarem para vocês. E aqui está o dr. John von Neumann. Adeus!". Como a história conta, ele foi despedido. Há uma outra história, que diz assim, "Vocês não podem despedir-me, eu renuncio". Qualquer que seja o caso, ele se foi. Havia algum outro interesse, e ele fez outras pesquisas a partir deste dia até a data de sua morte, em 7 de janeiro de 1943, as quais figuram entre as outras coisas que aconteceram mais tarde, mas que não estavam diretamente relacionadas com o experimento, à época. Agora, naquele período, um monte de outros projetos estavam em andamento. Um deles, que estava sendo desenvolvido e já estava funcional, anterior a este projeto, e que estava sendo feito basicamente no estaleiro da Marinha e também no Instituto, sob a direção específica de Einstein, eram as experiências com desmagnetização [Degaussing]. Eu não sei quantos de vocês sabem disso, mas anterior à Segunda Guerra Mundial , em 1938, os alemães desenvolveram um novo tipo de mina, chamada mina magnética. Ela não explodia por contato, ela explodia ao detetar a massa magnética do casco de aço do navio que se aproximava. Isto distorcia o campo magnético da Terra, o que era usado pelos elementos sensíveis desta mina; e quando ela estava bastante perto do navio, ou embaixo dele, sem qual quer contato sendo feito, o mecanismo disparava, a mina explodia e abria um buraco no fundo do navio, e este era o fim dele. A Marinha dos EUA sabia disto, e eles queriam desenvolver contramedidas, o que fizeram. Eles tiveram bastante sucesso. Tanto sucesso, de fato, que os alemães abandonaram a mina magnética em 1943, e voltaram às minas comuns, as quais, se vocês não sabem, não é afetada por este tipo de equipamento. O formato tradicional deste equipamento envolvia enrolar dois conjuntos de cabos em volta do navio, e colocar geradores especiais a bordo; não havia nenhuma intenção de produzir invisibilidade, radar ou outra coisa qualquer, era estritamente uma forma de explodir aquelas minas magnéticas alemãs. Eles explodiram montes delas, e salvaram muitos navios como resultado disto, e o projeto foi um completo sucesso. Acho que neste ponto devemos mostrar os slides. Neste momento, o senhor Bielek mostra alguns slides da faculdade de Princeton. Estes slides incluem vistas da escola, i. é, a sala onde ele ensinava, o pátio interno, algumas árvores, e outros itens em volta da escola. Mas ele também mostrou um slide do prédio onde eles primeiro conduziram a experiência de tornar as coisas invisíveis opticamente invisíveis! O senhor Bielek apresentou outros slides do equipamento original do Experimento Filadélfia, do Eldridge, o navio no qual o experimento foi realizado. Alguns dos slides mostravam geradores especiais, e controles. Ele também mencionou que ele sabia que este equipamento viera do Eldridge, por causa das VIBRAÇÕES, que estavam em volta deste equipamento. E o senhor Bielek continua... Ok, uma vez a experiência tendo falhado devido à preocupação de Tesla, o dr. von Neumann tomou conta. Agora, algumas das outras pessoas em segundo plano que tomaram parte neste projeto são bem conhecidas. Uma delas é T. Townsend Brown. Ele tem uma longa história; muitas pessoas o conhecem pelo fato de ter ele trabalhado no campo dos UFOs, com eletrostática, tentando provar que pode-se fazer um objeto mover usando apenas a alta tensão de campos eletrostáticos. E ele fez muitos funcionarem, e isto está muito bem pesquisado e documentado. Ele trabalhou na universidade com alguém chamado dr. Bifield [Biefeld], e o efeito tornou-se conhecido como o efeito Bifield-Brown. Eventualmente, ele foi descoberto pela Marinha. Ele uniu-se à Reserva Naval em 1933, e tomou parte em vários pequenos projetos. Em 1939 eles o indicaram para o serviço ativo, e ele foi para a Marinha. Lá, eles lhe deram o projeto de desenvolvimento de contramedidas para minas. E este era, basicamente, o seu departamento. Havia várias áreas de especialidade, ele trabalhou no projeto mina magnética. Ele também era considerado um especialista em RF, então ele também trabalhou no Experimento Filadélfia, pelo menos no âmbito de projeto de um transmissor especial de rádio, e uma torre para suportar as antenas, que era a torre alta que se podia ver depois no Eldridge, e que é mostrada no filme, e isto está correto, que ela estava quebrada, e por isto caiu. Este foi o seu trabalho, não quebrá-la, mas montá-la e testá-la. Antes que o dr. von Neumann pudesse completar o seu trabalho, ele disse à Marinha: "Tenho que reestudar esta coisa. Obviamente, ela não funciona, tenho que voltar atrás e descobrir o motivo". E ele precisava de muito tempo. A Marinha não teve escolha, a não ser dar o tempo que ele precisava. Então foi em 42, uma boa parte de 42, de muito estudo teórico. Por volta de maio de 42, eles decidiram que iriam precisar de um navio especial. O navio de guerra não estava mais disponível; ele voltara ao serviço. Eles decidiram que queriam construir um veículo de teste a partir do zero. Então por volta de junho ou julho decidiram ir às pranchetas de desenho para escolher que navios poderiam estar disponíveis, entre os que estavam sendo construídos, e eles escolheram um "DE 173", o qual foi mais tarde batizado como "Eldridge". Ele não era conhecido nesta época por este nome. E em julho eles modificaram os desenhos. Decidiram onde iriam querer os dois geradores. A razão porque tiveram que fazer a modificação era que o destróier, o ‘DE’, era uma navio muito pequeno. Seu deslocamento normal era de 1.500 toneladas, e não 30.000. Como conseqüência, eles tinham que montar o equipamento, que era muito pesado, com muito cuidado. O que eles decidiram fazer foi deixar de fora a torreta de canhão frontal, e em seu lugar colocariam os dois geradores. Então eles montaram os dois geradores dentro deste espaço onde iria normalmente a torreta, o depósito de pólvora e tudo mais. O motor de alimentação dos geradores, o sistema diesel elétrico para alimentar o sistema todo, e quatro transmissores foram eventualmente montados no convés. Mas o navio tinha que ser primeiro construído. Ele ficou pronto por volta de outubro de 42, e então foi levado a um dique seco, onde começaram as montagens de várias peças do equipamento. Por volta de janeiro de 43 ele estava virtualmente pronto. Agora, à medida que a "equação humana" era considerada, o que ele iriam fazer com a tripulação... por volta de junho 42 eles decidiram que teriam uma tripulação especial. Todos voluntários, escolhidos a dedo, que seriam, como o foram, essencialmente marcados pelo resto de suas vidas. Eles eram voluntários, eles não seriam responsabilizados, e por aí, e iriam dizer a eles que iriam participar de uma experiência exótica, na qual havia algum perigo possivelmente envolvido. "Você quer ser voluntário?". Bem, eles conseguiram o tipo de gente que queriam, cerca de 33, e eles foram para uma escola especial de treinamento em Groton, Connecticut, uma Academia da Guarda Costeira. Foram cerca de três meses de treinamento. Eles se graduaram em dezembro de 42, e quem era o instrutor da classe, que aparece naquela foto, onde se vê também a classe inteira que estava se graduando? Está ainda nos álbuns de fotos da família, acreditem ou não, era o nosso pai, em seu uniforme naval. Como ele voltou para a Marinha, nós não sabemos, a menos que fosse um uniforme da Guarda Costeira, mas parecia-me um uniforme da Marinha. E todas as pessoas que se alistaram, incluindo dois oficiais de alta patente, eles foram então, pode-se dizer, carregados para Filadélfia, para onde estavam designados, não sabendo, é claro, quando o navio ficaria pronto. E eles ficaram ali em disponibilidade até que fossem necessários. Aqueles trinta e três foram até o fim do treinamento, e foram avisados de certas coisas, mas ninguém esperava o que aconteceu então. Desde que uma tripulação especial estava disponível, o navio foi sendo aparelhado, tudo indo em frente, e em janeiro de 43 foram iniciados alguns testes, de sistemas separados. Nada foi jamais testado em conjunto, e não poderia ser, porque aquele era o teste final. Então vários subsistemas foram testados; os geradores, os transmissores de RF. Tesla tinha usado três, von Neumann aumentou para quatro, e ele finalmente decidiu a potência dos transmissores selecionados por Tesla, que eram General Electric. 500 kilowats de CW [continuous-wave - onda contínua, não modulada] não eram suficientes. Ele colocou boosters [dínamos de reforço; amplificadores] neles para elevar cada um até 2 megawats de CW, e os dois geradores permaneceram essencialmente o mesmo, 75 KVA cada. Baixa freqüência regulada, alimentação dos motores, circuitos especiais de sincronização, para ter certeza que os dois geradores estariam em absoluta sincronia, caso contrário não funcionariam. Um sistema especial de geração foi construído com um outro estranho dispositivo herdado diretamente de Tesla e que era o gerador de Referência de Tempo Zero. Agora, o que é uma Referência de Tempo Zero? Este é um termo que vocês nunca verão nos livros didáticos. Este é um sistema o qual simplesmente fecha com o campo da Terra, a estrutura do campo magnético da Terra, e também sua ressonância de massa através de um sistema muito engenhoso projetado por Tesla. Agora, todos os planetas em nosso sistema e todos os planetas através da galáxia estão basicamente fechados cosmologicamente, e tendo o que podem chamar uma Referência de Tempo Zero, o qual é o centro de nossa galáxia. Tudo tem de ter uma referência com este ponto de Tempo Zero, ele é uma referência real. Com relação ao tempo local, você deve colocá-lo em referência a isto, para fazer tudo funcionar. E Tesla encontrou os meios para fazê-lo, de um modo bastante simples. Estes geradores de referência existem em cada sistema FAA [Federal Aviation Administration - Administração Federal de Aviação] já construídos para a rampa inclinada (sic?), nossos sistemas em terra, e isto era parte do sistema. Todos os geradores, tais como um que eu lhes mostrei, e vários outros equipamentos. Foram usadas cerca de 3.000 válvulas a vácuo ‘6L6’ para alimentar as bobinas de campo dos dois geradores, esta seria uma estimativa acurada; a propósito, talvez não fosse exatamente isto, senão no sentido de que era um grande número de válvula a vácuo, cerca de 3.000 no total. Por volta de março de 43 von Neumann começou a ficar abalado. Ele não acreditava em Tesla, que ficava dizendo, "Haverá um problema com o pessoal"; ele não acreditava nisto. Bem, eu e meu irmão acreditávamos em Tesla, porque tínhamos grande respeito por ele, e começamos e entrar na matemática e nas equações e nas coisas que Tesla nos dizia. Finalmente, concordamos com ele, e ficamos dizendo a von Neumann que, ‘você não pode ligar este sistema do modo como está. Você terá um problema, como Tesla avisou’. Bem, a simples menção do nome de Tesla fazia von Neumann explodir, ele ficava muito perturbado quando este nome era mencionado. Eventualmente, no entanto, ele captou a mensagem. Ele disse, "Pode ser que haverá um problema. Bem, vamos ver o que podemos fazer sobre isto". Ele decidiu adicionar um terceiro gerador. Eles projetaram e construíram um e o colocaram por volta de abril, começo de maio. Aqui, não estou realmente certo de onde o colocaram, pode ter sido no convés ou embaixo dele, porque ele não podia ficar muito tempo. Eles tiveram problemas, problemas muito sérios, eles não conseguiam sincronizá-lo com os outros dois. A propósito, nesta mesma época, início de 43, um terceiro homem, meu irmão e eu fomos os escolhidos para operar o equipamento, e fomos treinados para operar todo o sistema, porque nós sabíamos o que ele era, e tínhamos os antecedentes educacionais para apreciar o que se estava tentando fazer. Mas como o filme mostra, e isto está correto, nós estávamos em uniformes de marinheiro. Tínhamos o posto de especialista de primeira classe [oficiais], mas quando estávamos entre o resto da tripulação, nós usávamos estes uniformes, e estávamos trabalhando com eles a maior parte do tempo. Naqueles dias, havia um sistema de castas muito forte na Marinha. Novos oficiais não se misturavam com os outros homens, a não ser para dar-lhes ordens. Você não trabalharia com eles dessa maneira, nesses uniformes, naqueles dias. Eles o fazem agora, e também nos submarinos. Mas foi-nos dito para usar estes uniformes quando estivéssemos trabalhando com a tripulação, ou fazendo testes no navio. Um terceiro homem foi-nos dado, um ajudante de nome Jack, e ele era um técnico eletrônico de primeira classe que conhecia de tudo um pouco, e tinha os antecedentes corretos. Por volta de junho, meio de junho, em um dos testes, este terceiro gerador ficou ligeiramente furioso. Começou a emitir enormes arcos, e Jack foi atingido por um deles, e ele caiu como um animal atingido. Pensamos que ele estivesse morto, e os médicos entraram e o puxaram para fora; ele estava em coma. Ele permaneceu assim por quatro meses, recuperando-se mais tarde. Ele nunca mais fez parte do projeto. Então von Neumann olhou aquilo e disse ‘o gerador não é bom, removam-no’. Ele foi removido e nos voltamos para os outros dois geradores. Ele coçou sua cabeça, e voltou-se para o que não estava em ordem. ‘Bem, o que nós fazemos agora?’. Decidimos continuar. A Marinha, é claro, o estava pressionando neste meio tempo, ‘Você tem que levar esta coisa adiante’. Eles fizeram um monte de testes. Eventualmente, em fins de junho, começo de julho, eles decidiram, o navio ali há tempos saiu do dique seco e foi assentado na zona portuária, no estaleiro da Marinha em Filadélfia. Nós, a propósito, tínhamos um escritório lá, no topo de um dos prédios. De alta segurança, com uma vista para o porto. Eles decidiram que o Eldridge iria para o mar para ser experimentado, o que era normal. Então ele passou três dias no mar. No meio de junho, num cruzeiro de adaptação. Tudo estava certo. Ele não tinha levado sua tripulação especial desta vez. Levou uma tripulação normal. E ele voltou, tudo estava ótimo. Ele foi para o porto, para o teste final. Finalmente, a 20 de julho, eles decidiram que o navio estava pronto para o teste final. Então a tripulação especial de teste foi reunida, o capitão que iria comandar o navio, um homem de nome Hangle, Capitão Hangle, um capitão da Marinha, foi a bordo. Ele não era o capitão definitivo. Todos os 22 foram para bordo, nós inclusive. Como o filme mostrou, o navio saiu para sua posição, sua localização no porto. Às 09:00 horas mandaram-nos virar as chaves, na verdade uma série completa delas. Havia somente dois geradores, então o filme é ligeiramente pouco preciso a este respeito. Então eles funcionaram e o navio tornou-se invisível, de acordo com os observadores. Eles o deixaram assim por cerca de 15 a 20 minutos. Disseram-nos para desligá-los e para trazer o navio de volta para o porto, e nós o fizemos. E foi somente quando fomos de volta para o porto que percebemos que havia um sério problema. O pessoal, aquele que estava sobre o convés (havia alguns acima, e outros por baixo do convés), estavam totalmente desorientados, nauseados, vomitando, quase delirando e obviamente nada bem. Então a Marinha viu o estado das coisas, eles disseram para a tripulação sair, que eles nos dariam uma nova. Von Neumann sabia então com certeza que tínhamos problema com o pessoal, e foi dizer à Marinha "Preciso de mais tempo para estudar este problema. Precisamos descobrir o que aconteceu, e corrigir". A Marinha disse, "Você tem uma data-limite, e ela é o dia 12 de agosto de 1943. Ou você faz o teste até lá, ou então esqueça!". Eles não lhe deram uma razão para isso. Nem a nenhum de nós. Eu fui a Hal Bowen e perguntei-lhe de onde esta ordem viera. Ele nos dera a ordem. Ele disse ‘Eu não sei, mas descobrirei de onde ela veio’. E finalmente ele descobriu, através da cadeia de comando, que ela viera da CNO, ou seja, do Chefe de Operações Navais (Chief of Naval Operations), o que ele achou algo peculiar. O Chefe de Operações Navais incumbia-se de conduzir a guerra, onde os navios iam, o que eles fariam. Ele não se preocupava com os detalhes de um projeto de engenharia realizado em um estaleiro em Filadélfia. Eu vou dizer-lhes, se há um projeto de engenharia de alguma espécie, então alguma coisa está acontecendo. Ela provavelmente veio de um nível ainda maior. Bem, nós tínhamos a data, von Neumann e todos mais trabalhavam dia e noite tentando fazer as correções. A Marinha decidiu, neste meio tempo, que eles não queriam invisibilidade total. Eles queriam somente invisibilidade ao radar. O raciocínio por trás disto era que, à época, claro, nós não tínhamos coisas tais como sistemas de guia por inércia, ou sistemas mundiais de navegação Loran e Shoran. Um é em baixa freqüência, e o outro em freqüência média. Tudo que você precisava para navegar era a luz do sol, o olho e o radar. Se você fizer o navio invisível ao radar à noite, você não pode dizer onde ele está, a menos que ele esteja opticamente visível. Se ele estiver opticamente invisível, você pode abalroar um navio que esteja perto. Este era o pensamento, e eles disseram, não queriam mais invisibilidade óptica. Von Neumann disse que podíamos modificar o equipamento para isto, e ele o fez. E a data fatal chegou, 12 de agosto de 1943. Voltamos outra vez para o porto. Todos estavam um pouco inseguros, meu irmão e eu em particular. Então nós fomos para a base, as ordens vieram para abaixar as chaves, para ligar o equipamento. Por cerca de 60 a 70 segundos, tudo parecia bem. Eles tinham a sua invisibilidade ao radar, você ainda podia ver o navio, o seu contorno. Então, houve um relâmpago azul, e o navio desapareceu totalmente. Neste momento, claro, von Neumann entrou em pânico. O navio desapareceu completamente, e eles não sabiam o que tinha acontecido com ele. Cerca de quatro horas mais tarde o navio reapareceu no porto, no mesmo lugar onde ele estava. Era bastante óbvio, quando ele reapareceu, que alguma coisa estava errada. Eles enviaram uma equipe em uma lancha, porque eles não tinham tido respostas aos sinais de rádio. Eles tiveram indicações de que alguma coisa estava seriamente errada. Eles já podiam ver isto, porque a antena na superestrutura estava quebrada. Então a equipe foi para lá, e quando subiram a bordo, encontraram o seguinte: Dois homens embutidos no aço do convés; dois homens embutidos no aço do anteparo; o quinto homem estava com mão embutida no aço do anteparo ¾ ,ele estava vivo. Eles cortaram sua mão fora e lhe deram uma mão artificial. Pessoas andando de um lado para outro, completamente malucos, realmente insanos, fora de si. Pessoas que apareciam e desapareciam. Alguns estavam em chamas, se vocês se lembram da história bíblica acerca do arbusto ardente, que queimava sem se consumir. Alguns homens estavam assim. E todos estavam seriamente desorientados. As únicas pessoas que escaparam a esta desorientação foram os que estavam sob o convés, o que incluía a mim e ao meu irmão. É aqui que entra a parte mais interessante da história. O que aconteceu ao navio e o que deu errado. Nós saltamos sobre a amurada esperando cair na água; ao invés disso, nós caímos em 1983, 12 de agosto de 1983, em meio de um outro projeto chamado Projeto Fênix (Phoenix Project), em Montauk, Long Island, à noite, do lado de dentro de suas cercas periféricas. Eles tinham conseguido tornar aquilo operacional, à época, e tinham guardas, cães, e um helicóptero regular de patrulha. Nós fomos iluminados pelo holofote de um helicóptero; nós não sabíamos o que era um helicóptero. Os guardas vieram, agarraram-nos, e nos levaram por umas escadas abaixo. Havia cinco níveis no subterrâneo até Montauk, e era lá onde a maior parte do equipamento estava. E nós fomos apresentados ao dr. von Neumann. ‘Bem, quem é você?’. ‘Eu sou o dr. von Neumann’. Nós estávamos mais do que chocados, porque tínhamos acabado de deixá-lo, em 1943 ele era um homem relativamente jovem, e ali estava um homem bem mais velho se apresentando como von Neumann. Ele disse rapidamente para nós o que tinha acontecido, o que estava acontecendo, porque ele possuía os relatórios finais. Aquilo era uma longa história. Como isto acontecera? E ele disse, "Cavalheiros, vocês precisam voltar e desligar o equipamento no Eldridge; isto já aconteceu, de acordo com os nossos registros, mas ainda não aconteceu na realidade, não tinha acontecido ainda, mas vocês precisam voltar lá e fazê-lo. Nós não podemos desligá-lo daqui. Não podemos desligar esta estação; o que tinha acontecido era que as duas experiências no tempo, distanciadas exatamente quarenta anos no tempo, tinham se acoplado uma à outra, o que criou um buraco no Hiperespaço, que sugou o Eldridge para dentro dele. "Em um sentido vocês tiveram sorte; vocês saltaram do navio e caíram aqui". A outra pessoa, a propósito, ainda está a bordo, fechada dentro de uma bolha de energia que rodeia o navio. Ele disse, "Esta bolha no Hiperespaço está se expandindo, e vai criar alguns sérios problemas; não sabemos quão longe isto irá, se não o desligarmos. Poderia engolir parte do planeta". Havia um monte de especulações; ele percebeu que isto era uma coisa da qual estes não tinham nenhum conhecimento, e eles tinham que estabelecer o controle pelo desligamento do elemento principal que estava gerando o campo, e este era o Eldridge. O Projeto Fênix — não vou contar sua história aqui, mas neste momento, que acontecera ser o último dia que ele estava on-line, tinha a capacidade, naquele momento, já tinha tido há ano e meio para dois anos um total controle do tempo, e eles podiam mandar-nos de volta ao Eldridge, o que eles fizeram. Eles disseram, você tem que fazer o que for necessário para desligar o equipamento, esmagá-lo, se for preciso. Foi o que fizemos. Nós pegamos os machados e esmagamos tudo que estava à vista. Os bastidores com válvulas a vácuo, as chaves de energia, tudo que formava o circuito de controle, e os geradores pararam, eles vagarosamente pararam de girar, até pararem por completo, e as coisas começaram a se restabelecer e a voltar ao normal, i.é, o navio voltou ao seu lugar no porto. Ao mesmo tempo, um outro após uma passagem de cerca de três ou quatro horas, naquele momento, eu fiquei no navio. Meu irmão decidiu, de fato, como me lembro, que ele tinha ordens para retornar a 83, então ele saltou sobre a sua amurada de novo. Ele acabou em 83. Eles abordaram o navio; encontraram, é claro, a antena quebrada. O equipamento no convés estava intacto. O equipamento abaixo do convés, no buraco, estava desmantelado, conforme eu disse, e eles viram o estado terrível que estava o pessoal. Bem, eles não podiam levar o navio de volta com o pessoal. Trouxeram outra tripulação, e levaram o navio à base, e tiveram reuniões por quatro dias com von Neumann, Le Bon, Hal Bowen, Batchelor, e inúmeras outras pessoas. "Bem, o que fazemos agora". Então eles decidiram que fariam mais um teste, eles reconstruiriam o equipamento, mas desta vez o teste seria sem pessoas a bordo, como tinham feito da primeira vez com outro navio. Eles reconstruiriam e refariam a fiação elétrica no Eldridge. Então, no final de outubro, eles levaram o navio para a parte mais exterior do porto, à noite, levaram-no com uma tripulação comum, que logo deixou o navio. Eles tinham milhares de metros de cabo, então eles podiam ligar o equipamento, e tinham esperança de poder desligá-lo. Na hora apropriada, por volta de 10:00 horas da noite, ou 22:00 horas pelo horário da Marinha, eles ligaram o equipamento e o navio imediatamente desapareceu. Agora, isto leva às lendas, às histórias apócrifas do Eldridge aparecendo no porto de Norfolk, Virgínia, e muitas pessoas relataram isto, ele foi visto lá por dez ou quinze minutos, e desapareceu. Então ele voltou ao porto em Filadélfia. Quando ele voltou, eles não tiveram que desligar o equipamento, pois já estava desligado, e metade dele tinha desaparecido. Eles viram que dois gabinetes transmissores e um dos geradores tinham desaparecido. A sala de controle estava em ruínas fumegantes. Ninguém havia feito aquilo, mas estava assim. A Marinha concluiu que aquilo era algo do qual eles não nada conheciam, e eles decidiram descartar totalmente o projeto, naquele ponto. Mandaram o Eldridge de volta para o estaleiro, retiraram tudo, reequiparam-no como um navio normal, o que ele era, e ele foi mandado para o mar como um navio normal, com um capitão normal, o qual tinha sido designado em agosto, em 22 de agosto ele foi batizado após o segundo teste, o qual foi o desastre real. Ele teve uma ação normal no mar durante a guerra. Em 1946, ele foi ancorado e deixado às traças, junto com muitos outros navios. Em 1950, o presidente Truman fez a transferência de cerca de cinqüenta destróieres para a Grécia e outras nações da Europa. O Eldridge era um deles. Ele foi para os gregos. A Marinha rebatizou-o de Leão. A Marinha tido tido repetidos problemas com todos eles, e eles tiveram que despojá-los, repintá-los e reequipá-los, e fora isto eles não tinham mais problemas. Ele pode ainda estar em serviço na Marinha grega, pelo que sei. Eles não descartam navios tão rápido como nós fazemos. Mas eles também herdaram o diário de bordo, o diário de bordo do Eldridge. Como as leis marítimas declaram, o diário de bordo deve ir com o navio. Bem, ele foi. Quando eles o abriram, encontraram uma coisa muito interessante. Todas as páginas do diário anteriores ao dia 1 de janeiro de 1944 estavam desaparecidas, e não havia nenhuma história do que tinha acontecido ao navio. No que concerne ao diário de bordo, os gregos não podiam fazer nada sobre isto. Eles não podiam reclamar à Marinha, senão esta não mais faria o favor de dar sobras para eles. Então, este foi o fim da saga do Eldridge. O projeto foi fechado. Neste momento, há um outro aspecto interessante que eu esqueci de mencionar, e que figura na história toda. Aproximadamente seis dias antes do teste final com o Eldridge, em agosto, aquele que foi um completo desastre, três UFOs apareceram sobre o Eldridge. A que altitude, eu não sei. Não me lembro de tê-lo visto. Meu irmão o viu, assim como outras pessoas. E ficaram por ali, imóveis. Agora, o que eles estavam fazendo, nada sabemos, apenas que eles estavam lá, observando. No momento do teste, quando o navio desapareceu para dentro do Hiperespaço, um daqueles UFOs desapareceu com ele. Ele ficou encerrado em um subterrâneo, em Montauk. Ele foi sugado através do Hiperespaço, e terminou no subterrâneo, intacto! Mais tarde, ele foi desmontado. Agora, depois de o projeto ter sido fechado, von Neumann mudou-se, é claro, para Los Alamos, no Novo México, porque ele foi trabalhar com Oppenheimer no projeto da Bomba Atômica. O projeto foi um sucesso, é claro. Eles também tiveram problemas, mas não é necessário falar sobre isto. E a disputa que havia existido por vários anos entre a Marinha e o Exército, sobre de quem seriam as armas secretas que seriam usadas para ganhar a guerra, foi ganha pelo Exército e o projeto da Bomba Atômica. Leslie Groves espalhou isso. Nós somente podemos especular, agora, sobre o que poderia ter acontecido se o teste da Marinha tivesse sido bem sucedido: eles provavelmente teriam recebido todos os fundos, e provavelmente teriam despachado peças do equipamento para todos os navios da Marinha, e até talvez da Marinha Mercante, porque esta estava também muito interessada, à época. Um cavalheiro de nome Carl Allende, comumente chamado, de acordo com as histórias que tem circulado por anos, "Carlos Miguel Allende", era um observador no SS Furuseth, um barco mercante na época daquele teste em agosto. Muitas histórias são contadas sobre ele; ele tem sido entrevistado muitas vezes, e certas coisas não colam, nas histórias que ele conta. Ele pode muito bem ter estado lá, mas ninguém conseguiu descobrir ainda a sua verdadeira história. m 47, a Marinha decidiu reabrir o projeto. Neste meio tempo, aconteceu uma pequena reorganização de toda a estrutura militar. Foi criado o Ministério da Defesa você tinha o Ministério do Exército, o Ministério da Marinha, o Ministério da Força Aérea e isto aconteceu em 1947. Você tinha Chefes do Estado Maior, Chefias Adjuntas do Estado Maior, e, é claro, o enorme edifício chamado Pentágono. Bem, a infra-estrutura da Marinha mudou, e um monte de gente fardada foi reformada. Algum deles veio ao Escritório de Pesquisas Navais, e disse para o dr. von Neumann, "vamos reabrir este projeto, ‘Projeto Arco-Íris’ (Project Rainbow). Descubra o que realmente aconteceu, e veja se há alguma coisa nisso que possamos salvar". Então ele fez isso, quer dizer, começou a fazer, e eu fui chamado para Los Alamos, para um lugar chamado Camp Hale, no Colorado, em companhia do dr. Vannevar Bush; e o que estava ele fazendo? Ele e Vannevar Bush eram da equipe científica a cargo da recuperação do UFO destroçado em Aztec, Novo México, em 1947. Isto foi totalmente sem o meu conhecimento, porque, no meio tempo, a Marinha tinha me encostado; e ele foi lá novamente em 1948, devido a uma outra queda, ou duas quedas de UFOs; todos os corpos estavam mortos, nestes casos. Em 1949, houve uma queda e o UFO ficou mais ou menos intacto, e eles recuperaram um vivo. Ele foi chamado "EBE-1", e foi encontrado vagando pelos campos. Eles o capturaram, e cuidaram dele, e tentaram descobrir o que o fazia "funcionar". Eles se comunicaram com ele ele ou aquilo. Não puderam determinar o seu sexo individual. Eles chamaram os médicos, porque obviamente ele não estava bem. Ele estava ficando pior a cada dia. Os doutores não puderam fazer muito por ele, eles não sabiam o que estava errado. Eles chamaram um botânico, um PhD em botânica. Ele encontrou o que estava errado. Aquele rapaz tinha CLOROFILA em suas veias. Ele tinha cerca de um metro e vinte de altura. Ele se parece com aqueles descritos como os pequenos cinzentos (Gray), exceto que ele não era um cinzento. Mas ele tinha clorofila em suas veias, e ele vivia da luz do sol. Então eles tiveram que conservá-lo ao sol, pelo menos uma parte do tempo. E o resto do tempo eles o mantinham oculto, e eles também o mantinham bem guardado, porque ele possuía uma característica muito estranha: eles descobriram não somente que ele era completamente telepata, e capaz de se comunicar com seus semelhantes, membros de seu grupo, mas também descobriram que ele tinha uma muita estranha e interessante propriedade ¾ ele podia caminhar através das paredes! Então eles descobriram como poderiam segurá-lo. Eles o conservavam em uma gaiola de Faraday a maior parte do tempo, e aconteceu que este se tornou o modo de transportá-los, eles e aqueles que mais tarde aconteceram de ser os cinzentos. E esta é outra história na qual não quero entrar, mas não obstante, ele foi capturado vivo e eventualmente morreu dentro de um ano e meio a dois anos depois. Eles tiraram dele um monte de informações. Mas antes dele morrer, um monte de coisas estranhas aconteceu. Ele se comunicou. Foi-me dito, por alguém que era do governo, que ele deu as bases para o moderno transistor para o dr. von Neumann e o dr. Vannevar Bush. Se isto é verdade ou não, eu não sei, porque os Laboratórios Bell tinham já anunciado o transistor em 1947. Mas este era um dispositivo diferente. Ele era um tablete de germânio, com fios finíssimos de ligação, e, é claro, foi desenvolvido a partir daí, se você está familiarizado com a história dos transistores. Mas, supostamente, ele deu-lhes a informação e croques para um transistor mais rudimentar, baseado em seus próprios sistemas de comunicação, o qual não era compreendido — nada era compreendido, a bordo de suas naves. Mas ele também falou ao dr. von Neumann sobre o seu problema. O problema com o Eldridge, e como basicamente, ele poderia resolvê-lo. Ele não iria lhe dizer exatamente como resolver o problema, mas disse-lhe o que estava errado, deu-lhe alguns indícios, e disse, "você tem de voltar à prancheta e resolvê-lo você mesmo. Eu não vou resolvê-lo para você!". Ele o fez, finalmente, por volta de 1949, depois de ‘fazer o seu dever de casa’ e depois de estudar um monte de metafísica [ocultismo]. Vocês podem imaginar um matemático cabeçudo sendo forçado a estudar metafísica e matérias do oculto; de início aquilo era odioso para ele, mas eventualmente ele tornou-se bastante versado no assunto, reconheceu o problema e foi trabalhar em cima dele. Agora, qual era a natureza do problema, que ele finalmente veio a dominar? Era realmente básico. O navio voltou ao seu ponto de referência devido a que ele tinha um Gerador de Tempo Zero, a referência do sistema que o traria de volta. Aquilo permaneceu intacto; foram os geradores e alguns outros equipamentos que foram destruídos, mas aquele dispositivo de referência zero trouxe o navio de volta ao seu ponto de referência original, apesar dele ter andando ligeiramente no tempo. Os humanos nascem, ou, eu diria, não somente eles nascem, mas ao tempo da concepção, como ele descobriu em sua pesquisa, com suas próprias CHAVES DE TEMPO. Agora, você teria que entrar em uma física muito obscura, deixarei de lado a matemática e tentarei simplificar. Nós não moramos em um universo com três dimensões. Nós moramos em um universo com cinco dimensões. A quarta e a quinta dimensões são o TEMPO. A quarta dimensão, claro, tem sido freqüentemente mencionada por Einstein e por outros. O conceito de quinta dimensão apareceu em 1931, em um livro de P. D. Auspinski [Ouspensky], "Tertium Organum, um novo modelo do universo", em inglês. E ele falava de cinco dimensões em nossa realidade. Ele chama a quarta de tempo; ele nunca veio a dar nome à quinta. Mas von Neumann percebeu, como é sabido hoje por alguns físicos, que a quinta dimensão é também tempo; é um rotator, um vetor, que gira em volta de um primeiro vetor primário, o qual indica o fluxo e a direção do tempo. O fluxo é imaterial. Podemos dizer que ele está se movendo para a frente no tempo, e isso devido ao seu aspecto, e à nossa referência. Nós não sentimos o tempo, mas ele flui a uma razão razoavelmente estável. E este outro vetor girando à sua volta, não nos concerne... normalmente. Contudo, a cada pessoa, no tempo de sua concepção, é dado um conjunto de chaves, se vocês desejam (é parte da estrutura genética), para o ponto no tempo ao qual aquele indivíduo está ligado pela concepção, de forma que aquele indivíduo flui com o tempo e ele nasce e vive uma vida que está ligada a cada coisa em volta dele, tudo que ele vem a conhecer, todos seus amigos, família, escola, o que seja, e ele não desliza nem para a frente nem para trás deste ponto de referência [no tempo] que é usado para ele. Assim é, normalmente. No caso do experimento com o Eldridge, a potência era tão gigantesca que rompeu esta referência temporal daqueles indivíduos que estavam diretamente expostos aos campos, ou seja, os que estavam sobre o convés. Eles perderam sua referência temporal. Uma vez tendo o navio voltado, foi quando o problema começou. Contanto que ele estivesse no Hiperespaço e os geradores estivessem ligados, eles estariam encerrados dentro do campo. Até onde sei, nenhum outro saltou da amurada, exceto nós dois. Em retrospecto, eu me pergunto se nós tínhamos mesmo feito aquilo, mas não obstante nós o fizemos, e os eventos que aconteceram, aconteceram. Quando os campos entraram em colapso, aqueles indivíduos, tendo perdido sua referência temporal correta para aquele ponto, e que estavam seguros e contidos pelo campo, ficaram à deriva. Alguns deles deslizaram totalmente para fora da realidade, outros ficaram à sua margem, e tiveram sorte se conseguiram pôr os pés no convés, e alguns deslizaram e finalmente se materializaram, como aconteceu, dois no convés, dois nos anteparos, e um com sua mão na parede, e isto foi devido ao fato de que eles tinham perdido sua referência temporal, e eles deslizaram, e sucedeu de deslizarem de volta. Alguns jamais voltaram de todo! Outros, estranhamente, desapareciam e se rematerializavam, repetidamente! E houve aqueles estranhos casos dos que estavam em fogo, tal como na história bíblica do arbusto ardente que não se consumia. Houve vários indivíduos nesta condição. A Marinha gastou uma fortuna em equipamento eletrônico para corrigir o problema. Eventualmente, eles o fizeram, mais ou menos. Mas todos ficaram de quarentena por um longo período. A Marinha jamais admitirá que este experimento aconteceu. A Marinha fez um monte de inquéritos. O Ministério da Marinha expediu muitas cartas padronizadas, negando que tivesse acontecido um experimento deste tipo. Eles não negaram a existência do Eldridge, mas eles negavam que o experimento tivesse acontecido. E, em 1979, quando William Moore e Berlitz escreveram seu livro e o distribuíram, Moore estimou que até ali a Marinha tinha gasto um total de dois milhões de dólares somente respondendo perguntas sobre o Experimento Filadélfia, com cartas padronizadas que eram enviadas. Eles ainda negam que aquilo aconteceu. Em todo caso, von Neumann fez o seu dever de casa, percebendo que ele precisava de um computador para resolver os problemas relacionados com o pessoal. Então ele voltou à prancheta, como se diz, para o Instituto, e ele desenvolveu o primeiro computador completamente eletrônico. Naquela época não havia computadores eletrônicos. Von Neumann é o pai do moderno computador eletrônico. Isto é bem conhecido e bem documentado. Por volta de 1950 ele tinha alguma coisa funcionando, e em 52 eles já tinham um modelo completo funcionando, e livros estão ainda nas prateleiras do Instituto, a (maior parte?) de seu desenvolvimento foi com o dr. Goldsten, que está ainda em Filadélfia, cuja ligação com o Instituto era recente. Eu conversei com Goldsten. E em 53, aproximadademente ele liberou um novo sistema para a Marinha, com um computador, com a total correção dos fatores. Precisamente o que ele fez, eu não sei. Mas eles conduziram outro teste com um navio diferente, uma tripulação diferente, com sucesso total, nenhum efeito colateral. A Marinha ficou exultante. Claro, a guerra tinha acabado, mas eles imediatamente classificaram este projeto, desistiram do nome "Projeto Arco-Íris", e reclassificaram-no como "Projeto Fênix". A partir daí eles desenvolveram outros sistemas, outro maquinário, o que entra em áreas muito sensíveis; não entrarei nisto publicamente. Mas muitas coisas saíram daquilo. Entre elas vários estudos médicos, pelo menos quatro relatórios médicos foram escritos. Sei deles através de George Hoover, que era parte da comissão do Escritório de Pesquisas Navais que investigou o assunto quando ele surgiu novamente em 55 (devido às "Cartas de Allende" e ao envolvimento do dr. Morris K. Jessup). Mas Hoover me falou por telefone, ele agora está aposentado e mora na California ¾ ele disse, bem, é claro que ele percebeu, e ele disse, Moore não não tinha percebido, que havia muitos outros projetos sendo realizados à época, e, é claro, ele sabia sobre as experiências de desmagnetização [degaussing experiments]. Ele disse também que, como resultado do Experimento Filadélfia, ou Projeto Arco-Íris, um monte de estudos médicos foram feitos. Ele disse, nunca antes na história tinham sido a mente e o corpo humanos sido sujeitos a tão intenso campos magnéticos, a tão poderosos campos eletromagnéticos. Eles não sabiam quais seriam as conseqüências. Ele disse, eles descobriram, como conseqüência daqueles estudos, que as conseqüências eram enormes. Ele disse, havia muitos relatórios valiosos. E certamente havia; muitas outras coisas vieram dali. Bem, a Marinha resolveu o problema, eventualmente, e von Neumann permaneceu por lá. O que aconteceu comigo? O que aconteceu com meu irmão? Eu não esqueci, mas deixarei isto para o fim. Meu irmão tinha retornado para 1983! Logo após ele ter perdido suas ‘chaves temporais’ devido a um acidente, ele envelheceu muito, muito rápido, a uma razão de um ano por hora. Ele morreu dentro de poucos dias. Eles tentaram mantê-lo vivo com outro maquinário que eles tinham desenvolvido. Mas não conseguiram, e ele morreu. Mas era muito importante, por razões que não citarei agora, conservá-lo vivo. Então, se aceitarem o ponto de vista metafísico ou não, foi-me permitido ajudá-lo. Porque eu tinha voltado a 43, e houve algum trânsito de idas e vindas devido a Montauk, que estava ainda on-line por um período de tempo. Voltar ao pai e dizer, ‘Hei cara, apronte-se, precisamos de outro filho, alguma coisa aconteceu a Duncan’. Então um novo filho, o último, nasceu em 1951, e de 83 sua alma caminhou para dentro do corpo, em 12 de agosto de 1963. Tinha de ser em 12 de agosto. E ele é o homem que vocês viram naquela foto hoje. Ele tem a memória de todas as coisas, mais ou menos. Há buracos e há falhas. Há outro elemento envolvido nisto, do porquê os dois navios ficarem presos. Tivesse aquele experimento não sido conduzido em 12 de agosto, se ele tivesse acontecido no dia 10 ou 14 de agosto, ou fosse o caso, em julho, consideravelmente mais cedo, ou tivesse sido adiado, digamos para setembro, e nós nunca teríamos ficado presos ao Projeto Fênix. Por que? Há um ponto fundamental envolvido aqui. Não são somente os homens que possuem biocampos; isto está muito bem documentado hoje. Eles começam no nascimento. Mas o planeta Terra tem o seu próprio conjunto de biocampos. Isto foi descoberto bem recentemente, aproximadamente na última década. Quatro deles, e eles atingem um pico máximo a cada vinte anos. Adivinhem em qual dia? A 12 de agosto de 1963, 1983, 1943, vocês podem ir para frente ou para trás, sempre vinte anos. E isto cria um conjunto de condições muito estranhas no planeta Terra, onde há um pico de energia, um pico de energias magnéticas, e a capacidade de acoplamento, e foi isto o que aconteceu devido à culminação de datas dos dois experimentos, em 12 de agosto, e à subida ao máximo dos biocampos da Terra neste momento. As energias foram suficientes para criar o campo no Hiperespaço e o acoplamento, o que de outra maneira não teria ocorrido, e o Eldridge deslizou para dentro dele junto com o UFO, e tudo isto veio a acontecer. Isto tudo está registrado nos documentos da Marinha, nos arquivos da Marinha. Eles não os perderam. Eu sei que eles existem, eu sei de gente que teve acesso a eles, e é por isto que eu sei que eles existem. E eles não querem liberar a história, eles não querem que o público, até hoje, saiba quão desastroso foi aquilo. Agora, existe uma interessante, podemos dizer, anedota ‘pós mortem’ desta história. William Moore, escrevendo seu livro (e a propósito, como mostrarei, houve dois livros escritos. O primeiro foi editado em 1978, "Thin Air", era uma ficção, foi escrito por duas pessoas que eu nunca ouvi falar, George E. Simpson e Neil R. Burger. Não temos idéia de quem eles são. Não existem créditos no livro que digam quem são os autores, é uma publicação padronizada, e há muito que desapareceu)... Cerca de um ano a um ano e meio depois veio um livro mais definitivo, não-ficção (pelo menos, não havia intenção de ser ficção), escrito por Berlitz e Moore, basicamente por William R. Moore, intitulado "O Experimento Filadélfia", originalmente encadernado, e depois, claro, em brochura. ele tornou-se bastante popular, eles venderam mais de dez milhões de exemplares até agora. Eu não sei quem o está imprimindo agora, mas é uma co-edição. Moore, em sua pesquisa, nunca poderia extrair a data exata da última experiência; ele jamais teve qualquer noção do "Projeto Fênix" ou do acoplamento, ou da natureza real do desastre. Ele entrevistou o dr. von Neumann. Ele entrevistou-o, e chamou de "dr. Reinhardt", no livro. De um modo bastante interessante, eles também entrevistam um dr. Reinhardt. Alguém com o mesmo nome! O dr. von Neumann. Von Neumann não está morto! Ele ainda está vivo, nesta data. A Marinha e os registros oficiais do governo dizem que ele morreu de câncer em 1957. Bem, se ele tinha câncer, o que não sei, se ele tinha eles encontraram um modo e uma maneira de curá-lo. Eles o fizeram. Eles precisavam dele por perto. Eles o conservaram no projeto. Ele foi o diretor do Projeto Fênix até 77, quando ele desenvolveu uma muito pronunciada personalidade separada [esquizofrenia?], a qual tornou-se pior com o tempo. E ele renunciou à sua posição como diretor do projeto, e um outro o assumiu, o dr. Herman C. Unterman, da Alemanha. E ele tornou-se um consultor. Ele não está morto, ele ainda vive, mas agora ele dividiu totalmente sua personalidade, e usualmente o alter-ego, um senhor Howard E. Decker, que é bem conhecido em Nova Iorque como um negociante de sobras eletrônicas, é a única pessoa que agora se mostra, no mesmo corpo. Eu passei três horas conversando com Howard Decker, então eu sei que o homem está vivo, pelo menos até novembro de 1989. E estas fotos foram feitas em sua casa, nesta data, e a mostram em bastante mau estado. Ele se tornou, podemos dizer, um péssimo dono-de-casa, desde que sua esposa morreu. A coisa inteira morreu, e ressurgiu em essência com o Projeto Fênix. Meu irmão tinha renascido. Fui enviado para 83. Eles decidiram que não me queriam mais por perto, por quaisquer que fossem as razões. E eles me encostaram Uma completa lavagem cerebral estabeleceu uma nova personalidade, lançaram-me de volta ao passado, e eu me tornei Alfred Bielek. Com novos pais, uma falsa certidão de nascimento e uma completa história de cobertura pendurados juntos, e lembranças, as quais podem ou não ser completamente verdadeiras, mas que não obstante, estão aí. Fui bem doutrinado. Eu não tinha a mais leve idéia de que tinha alguma vez me envolvido no Experimento Filadélfia, muito menos no Projeto Fênix, pelo menos alguma vez em 86. A razão pela qual lembrei-me disso foi porque eu revisitei Long Island, que há muito tempo deixara. Fui até Montauk, com alguns amigos. Eventualmente, algumas da lembranças começaram a voltar. Elas diziam, "Você foi parte disto". Eu dizia, "Não, não fui". Eventualmente, lembrei-me que tinha sido. Mas em janeiro de 88 eu comecei a lembrar-me do Experimento Filadélfia, e minha memória só fez aumentar desde então. Meu irmão lembrou-se, também. E isto foi um horrendo desperdício, eu diria, de uma carreira acadêmica que tive uma vez. As peças foram se encaixando aos poucos. Mas a personalidade básica agora permanece bastante estável como Al Bielek, e as lembranças de Edward A. Cameron vem e vão, mas elas estão muito mais agora lá, particularmente dos anos anteriores, e que vão até e por todo o experimento. De 43 a 47, uma boa parte está em branco. Eu não sei o que mais aconteceu. Exceto que sei que em 47 eles decidiram que eu não era mais útil. De fato, eles se livraram de mim. Então esta é, basicamente, a história do que aconteceu. Mas há outra interessante anedota a qual William Moore descobriu em sua pesquisa: ele estava também interessado em UFOs; em 1975, no final de dezembro, ou começo de janeiro de 76, ele foi visitar uma família no Canadá, que, acredito que foi em 12 de setembro, tinha tido um encontro com um UFO na província de Ontário. Um fazendeiro bem comum. Ele estava se dirigindo para casa uma noite em sua camioneta, e encontrou um UFO estacionado na rodovia, ocupando o lado pelo qual ele iria passar. Não havia ninguém, nenhuma luz, nada. Ele olhou aquilo, "que ‘inferno’ é isto?", e desviou para o outro lado, e o que ele fez? Ele praticamente atropelou um ufonauta, que deveria ter cerca de um metro e vinte de altura, em um traje prateado, que estava no meio da rodovia. Ele pisou os freios com força, por pouco não o atingindo; havia cascalho ali e ele derrapou, e aquele pequeno ufonauta, o que ou quem quer que fosse, saltou sobre a cerca a desapareceu. Aproximadamente no dia 12 de dezembro, de acordo com Moore foi nesta data, esta família, veio a ter um monte de aborrecimentos com os vizinhos, devido aos UFOs que continuavam a aparecer na área. Estes vinham em busca de souvenires e tudo o mais, e eles não sabiam mais o que fazer para manter as coisas em paz. Eles foram visitados por três oficiais de alta patente, um dos Serviços Armados do Canadá (Canadian Armed Services), representando a província de Ottawa; um general da Força Aérea, do Pentágono; e um oficial da Marinha, do Escritório de Inteligência Naval (Office of Naval Intelligence). Eles lhes pediram desculpas. Eles disseram que o que tinha acontecido, não deveria ter acontecido. "Bem, o que vocês querem dizer, que não deveria ter acontecido?". "Foi um acidente". "Bem, o que vocês querem dizer com acidente?". "Bem, não deveria ter acontecido. Fomos enviados aqui para lhes pedir desculpas formais, e para responder a quaisquer perguntas que possam ter. O que gostariam de saber?". Esta foi provavelmente uma das poucas vezes que o governo fez isto, e eles disseram, de acordo com o relato de William Moore, que tiveram suas perguntas respondidas durante as próximas duas horas seguintes, ou mais. E entre todas aquelas inesperadas revelações do Escritório de Inteligência Naval, o oficial soltou um comentário muito interessante. Ele disse, "Oh, nós temos tido contatos com os ETs desde 1943. Foi devido a um acidente em uma experiência que a Marinha estava fazendo na época, sobre invisibilidade!". Fim da exposição Então, com isto eu encerro a apresentação formal, e se vocês tiverem quaisquer perguntas, farei o melhor que puder para respondê-las. (A pessoa que fez esta fita, que gravou a conferência, perdeu a primeira parte das perguntas e das respostas. Quanto ele perdeu, não tenho idéia). Pergunta: (?) Resposta: O experimento se expandiu. Eles tentaram em 1948, a Força Aérea Naval (Naval Air Armed) tentou ver se eles conseguiriam por este projeto para funcionar antes que von Neumann ressuscitasse o seu, em um avião. Eles tinham um F-80 disponível para isto. Eles ligaram a ele algum equipamento mais leve. Bem, você não precisa de toneladas e toneladas de equipamento em um avião, então eles o encolheram. Colocaram um sistema a bordo do F-80, colocaram nele um piloto e um rádio-controle por terra, foram para uma determinada área e ligaram o equipamento, e depois de ele ter ficado invisível ao radar por um certo período de tempo, eles o desligaram. Tudo estava ótimo. Eles retornaram à base. Eles disseram, ok.. Bem, parecia que tinha sido. Mas não estavam seguros disso! Eles deixaram o oficial, o piloto e o avião, de quarentena por cerca de um ano. Cerca de um ano depois, eles disseram, "Ok, leve-o de novo para cima, mas vamos mandar um observador com você desta vez. E nós vamos tentar isto de novo na mesma área". Então eles subiram e tudo correu bem até eles ligarem o equipamento. O piloto desapareceu e nunca mais foi visto outra vez. O observador não era um piloto treinado para um F-80. Ele não podia controlar o avião, e este caiu. O corpo do observador foi recuperado, mas o corpo do piloto nunca o foi. Então, este foi o fim das tentativas de usar avião, pelo menos nesta fase. Desde então, eu entendo, eles tem feito o equipamento pequeno o bastante para colocá-lo em um avião grande. Mas isto é altamente classificado. Pergunta: Você poderia dizer se há alguma experiência [sendo feita] em viagem controlada no tempo? Resposta: Sim. Tem sido feita, e isto é novamente um conhecimento altamente classificado pelo governo, mas isto definitivamente tem sido feito. A viagem no tempo existe. Você aí, tem uma pergunta? Pergunta: Esta era uma das minhas questões, se a viagem no tempo existe. Mas ela ainda existe? Eles a estão usando? Você sabe disto? Resposta: Ela ainda existe, e só o que direi. Pergunta: Quando você estava falando sobre a invisibilidade do navio, falou que a primeira experiência foi ótima, e que a segunda foi aquele na qual desapareceu. O que quer dizer, acho que quis dizer isso, tanto invisibilidade em si quanto invisibilidade ao radar foi conseguida, mesmo da primeira vez? Resposta: Isto está correto. Em termos de maquinário, foi um sucesso. Em termos do pessoal não foi, foi um completo desastre. Agora, um pouco não foi um completo desastre no primeiro teste de 22 de julho, não foi muito ruim porque eles mudaram a tripulação, e perceberam que havia um sério problema. O segundo teste poderia ter sido um sucesso completo se eles não o tivessem acoplado ao Projeto Fênix; isso em termos de maquinário. Mas ele foi um completo desastre, tanto em termos de maquinário quanto de pessoal. Pergunta: Você disse que eles tinham que ter o seu irmão de volta. Isto era alguma coisa apenas do seu conhecimento pessoal, que eles precisavam dele ainda, ou era aquilo uma espécie, uma grade semelhante ao tempo, ou o entusiasmo comum que se poderia ouvir deles, ou os cientistas deixaram aquilo escapar, ou foi algo que eles inventaram? Resposta: Ele precisava voltar por razões que são extremamente sensíveis, mas ele tinha de permanecer vivo tanto quanto eu e um terceiro sujeito. A única maneira de dizer isto, é que, se ele tivesse morrido e não renascesse depois dos equipamentos e projetos chegarem ao fim, poderia ter havido um problema muito sério. Então, estávamos estabilizando os fatores, colocarei desta maneira, e não irei além deste ponto. Mas ele tinha que estar vivo, e ele está vivo. Pergunta: Você ficou entusiasmado por ter viajado através do tempo e mudado alguma coisa que aconteceu? Poderia isto causar algo que eles receassem? Resposta: Entusiasmo, você poderia chamar assim. Eu não sei se há um termo ou expressão que já tenha visto, que descreva isto como você a viu, ou leu em algum lugar. Eu realmente não posso responder isso com um sim ou não. Eu não sei. COMENTÁRIO: Ah, você não poderia fazê-lo! Ha! Ha! Ha! Resposta: Perdão? COMENTÁRIO: Você não poderia responder isto porque você provavelmente não saberia. Isto porque, se alguma coisa séria realmente acontecesse, você não poderia estar aqui para contar-nos! Resposta: Está certo. Alguma muito séria aconteceu, claro; esta viagem não foi um passeio. Pergunta: Assumindo que o governo está testando tecnologia desta natureza, quero saber por que não a está colocando para ajudar o planeta, para ajudar ao público e a todos neste planeta. Nós temos tantos problemas difíceis, e eles não estão usando nada disso para ajudar. Por que? Resposta: Bem... para responder a esta questão, terei de dar-lhe uma resposta em duas partes. 1- Nós temos tido uma tecnologia dupla por pelo menos um século, talvez mais, na qual há desenvolvimentos tecnológicos que tem sido negados ao público, e que tem se mantido nas mãos de uma elite controladora, se vocês quiserem, por pelo menos um século, ou talvez um século em meio, porque esta base tecnológica vem desde 1800 ou antes. E na medida do por quê isto não foi liberado nesta época, ou não o é agora devido aos problemas que temos. Se você tem os meios para fazer as coisas, como por exemplo, viajar no tempo, ou desenvolver novos sistemas de energia, ou novos sistemas de comunicação, ou então viajar para outros planetas; se você encerrar estes desenvolvimentos dentro de um pequeno grupo, um grupo controlador, você pode literalmente controlar o planeta e humanidade. E se você não deixar o resto do público saber o que está acontecendo, você pode então controlá-lo, de dentro deste grupo. 2- Há um outro problema, chamado enfraquecimento econômico. Se você for liberar alguns destes novos desenvolvimentos, muito rapidamente, e muito cedo, você quebra totalmente a nossa atual base econômica, que é baseada em combustíveis fósseis, geração de energia elétrica através de fios e transformadores e coisas assim, comunicações como as conhecemos, aviões a jato como os conhecemos, e foguetes químicos para levar-nos à Lua. tudo isto está baseado em nossa atual indústria, nossa atual sociedade e nossa atual economia. Você não pode substituir isto rapidamente da noite para o dia. Por outro lado, você pode destruir a base econômica. Estou certo que isto será liberado, em algum tempo. Mas não está sendo liberado agora. Esta é uma das razões porque você não pode brincar com a base econômica. E, além do mais, aqueles que são beneficiados com isto, em termos de lucros gigantescos, como as companhias de petróleo, não vão distribuir seus lucros conosco. Este é somente um exemplo. Não significa que só existam estes. Pergunta: Você pode, com esta tecnologia, voltar no tempo, para, digamos, 1843? Resposta: Você pode ir no passado tão longe quanto queira, ou ir para o futuro tão distante quanto queira, contanto que o equipamento o leve lá. Sim. Pergunta: Isto agora é parte também da tecnologia do bombardeiro Stealth? Resposta: Existem alguns rumores neste sentido. Isto é uma parte dele. Sim. Pergunta: Você disse que não tinha nenhuma lembrança disto até 83 ou por aí? Resposta: 88. Pergunta: Ok. De onde vieram a informação para o livro e também para o filme? Resposta: O primeiro livro nós realmente não sabemos. Para o outro, o dr. Reinhardt, definitivamente identificado como dr. John von Neumann, que foi entrevistado e deu um monte de informações. De onde as outras vieram? Eu não sei. Eles não foram muito longe nos arquivos, porque a Marinha não os está liberando. Quanta informação está perdida por aí, eu não sei. Moore andou muito, e fez um bom trabalho de pesquisa para nós, sob a Lei de Liberdade de Informação (FOIA - Freedom of Information Act), liberando algumas das informações; ele realmente não conseguiu muito da Marinha, porque a Lei de Liberdade de Informação não estava em vigor, acho, até cerca de 1981. E ele passou muito tempo tentando tirar o que pudesse de quem encontrava. ... : Ivan T. Sanderson, ele nunca escreveu um livro sobre este assunto, ele morreu em 1973, era muito interessado no Experimento Filadélfia em si; de fato, algum material seu caiu nas mãos de Moore, e foi aí onde este conseguiu alguma coisa. Mas onde ele obteve basicamente a informação, eu não sei. Uma ou outra entrevista, uma entrevista em algum lugar por telefone com Allende e quem quer que fosse. Eu nunca conversei com Moore, eu não sei onde ele arranjou sua fonte, ou as suas fontes de informação. Pergunta: E que tal o filme? Resposta: O filme foi produzido pela EMI Thorn. A Thorn Industries existe desde alguma época entre 1820 e 1830, no século 19. Era uma indústria inglesa que produzia instrumentos científicos para a Inglaterra e para a Europa. Ela foi assumida em 1850 pelos irmãos Wilson, que a herdaram de sua mãe. E eles ficaram lá até a virada do século, quando morreram. Por volta de 1980, final dos 70, começo dos anos 80, eu não sei a data exata, mas houve uma fusão entre a Thorn Industries e a EMI Corporation. E esta indústria eletrônica, com a etiqueta e os discos EMI é bem conhecida na Inglaterra, aqui, e em todo o mundo. Houve uma fusão. Quem comprou quem? Eu não sei. E eles decidiram que iriam fazer um filme. E decidiram que iriam fazer o Experimento Filadélfia! ... : Agora, durante aquele período em que estavam filmando, ou talvez um pouco antes, um certo amigo meu, de Long Island foi questionado, perguntado repetidamente, por um ator bastante conhecido, que tornou-se diretor do filme mas que não aparece nos créditos. Seu logotipo da New World Pictures esta lá, então eu sei quem ele é. Meu amigo falou que ele fez milhares de perguntas acerca do Experimento Filadélfia. Ele certamente sabia um pouco, mas não sabia tudo sobre isto. Nós achamos que ele supriu o material básico para o filme. E não foi só isto! De acordo com uma história bastante bizarra, que vocês podem aceitar ou não, em fevereiro de 1989, eu estava em Nova Iorque, junto com meu irmão e um cavalheiro por nome Preston Nichols, que fez uma apresentação para a Divisão de Nova Iorque (New York Chapter) da USPA, a Associação de Psicotrônica dos Estados Unidos (United States Psychotronics Association), que tem Clarence Robinson como presidente. Ele falou sobre o Projeto Fênix, eu falei sobre o Projeto Filadélfia, e foi feito uma fita de vídeo privado disto tudo. Nós sabíamos que alguém estava filmando. E não era para ser exibido mais tarde. A história que Preston me contou, alguns meses mais tarde, foi bastante interessante. Ele disse que por volta de julho, ele foi visitado uma noite em seu laboratório. Alguém bateu à porta, e falou, "Preston Nichols?". "Sim"! Eu sou Bill... tal & tal da EMI Thorn Industries da Inglaterra. Sou chefe dos arquivistas. Eu achei que você gostaria de conhecer a história. Nós temos estado procurando por você há algum". Ele disse, "O que você quer dizer, procurando por mim?". "Posso mostrar-lhe porque". E ele mostrou-lhe uma foto, tirada de um álbum de família, dos Irmãos Wilson em 1890, em companhia de uma terceira pessoa, Aleister Crowley. Este é muito conhecido no meio metafísico, apesar do que possam pensar dele. Ele era aparentemente um investidor pesado da corporação, e ele viveu até os anos 50, 1950; havia também uma quarta pessoa. O quarto sujeito era a cara do meu amigo Preston, aparentando ter aproximadamente dez anos mais do que agora. Ele disse, "Nós tínhamos esta foto quando vimos a sua fita de vídeo, de você em Nova Iorque fazendo sua apresentação; nós sabíamos que finalmente o tínhamos encontrado". Ele disse, "Posso ficar com esta foto?". "Não". Ele disse, "Bem, qual é a história?". "A história é que Crowley disse que você não era desta época (referindo-se a 1890). Você era do FUTURO! E você deu-nos a história inteira do Experimento Filadélfia, e ela tem estado em nossos arquivos desde 1890. Nós já conhecíamos a história, e tínhamos decidido somente agora, recentemente" (isto em 1983) "produzi-la". Bem, eles foram ao governo dos EUA pedir para filmarem em Long Island, porque eles sabiam que o outro terminal estava em Long Island, em Montauk. O governo dos EUA recusou totalmente permissão para eles chegarem perto do lugar. Foi então que eles foram para Wendover, Utah, para o outro terminal do 84, como eles o chamavam, experimento 84. Eu conheço Wendover, Utah, porque trabalhei em Salt Lake City, e visitei-a um monte de vezes; é a velha Base da Força Aérea de Wendover, a qual foi usada intensamente durante a Segunda Guerra Mundial. Mas foi assim, acreditem ou não (Ripley* adoraria esta), a história de como eles conseguiram o roteiro, ou o material básico para fazer o roteiro do Experimento Filadélfia. Eles o enfeitaram, é claro. Ele admitiu isto. Colocaram mais coisas para tornar mais interessante a história. O lado amoroso, as viagens à Califórnia e tudo o mais. Então, uma boa parte dele é ficção, mas a história básica foi um fato real, que eles aumentaram para fazer o filme. Pergunta: Você estava um pouco relutante em falar sobre outros altamente classificados projetos que conheceu, mas obviamente o Experimento Filadélfia é altamente classificado também. Por que? Resposta: Teoricamente, o Experimento Filadélfia foi desclassificado. Existe uma lei, um estatuto que diz que qualquer projeto do governo que não seja classificado, é automaticamente desclassificado após quarenta anos. Agora, aquele experimento tomou lugar em 43, ele foi terminado em 43, como conseqüência, quarenta anos se passaram até 83. Então, teoricamente ele foi desclassificado em 83. Agora, um projeto qualquer pode ser desclassificado, mas o governo tem meios de esconder as referências a ele que existam nos arquivos, de modo que você só pode encontrá-lo se souber os códigos numéricos apropriados. Manuais ou relatórios técnicos podem não ser desclassificados. Há uma lei que diz, se for no interesse da segurança nacional, relatórios técnicos e outras informações pertencentes a projetos desclassificados podem não ser liberados. Como um exemplo típico, depois que a Segunda Guerra Mundial terminou, alguns anos depois, as bombas Norton K2 começaram a ser mostrados nas lojas de excedentes de guerra, em Nova Iorque e em todo lugar. Eles as estavam vendendo com preços que variavam de 2.500 até 200 dólares cada uma. Você podia comprar a coisa completa, intacta! Mas você não podia colocar as mãos nos manuais, dizer o que elas faziam, ou como usá-las, porque eles estavam classificados como altamente confidenciais, e ainda estão. Mas o equipamento em si está totalmente desclassificado. Pergunta: Eu tenho duas perguntas. Uma delas tem a ver com sua viagem ao futuro, onde viu o doutor que estava encarregado do Experimento Fênix, e que estava encarregado também do Experimento Filadélfia. Você sabia que tinha ido, e então você voltou. Você sabia que estava no futuro, mas na época o doutor não sabia. Isto está correto? Resposta: Não, não, ele sabia, ele em 83 sabia onde ele estava. Pergunta: Ah, mas em 43 ele não sabia. Resposta: Não, ele não sabia disto na época. eu eventualmente disse-lhe o que estava acontecendo, e é por isto que ele escreveu um relatório, porque ele veio a conhecer os fatos. Pergunta: Quando isto foi escrito, em 43 ou em 83? Resposta: Em 43 houve uma série de relatórios que foram escritos, e ele conhecia os fatos, sabia o que tinha dado errado no acoplamento do futuro. E foi-lhe pedido em 47 que ele ressuscitasse o experimento. Pergunta: Mas é sobre isto que eu estou curioso: se você teve de contar-lhe que o havia visto no futuro, e ele estava quase o mesmo... Resposta: Ele não acreditou nisto. Ele muito certamente não acreditou nisto no início; eventualmente, ele passou a acreditar! Pergunta: Você o persuadiu disto? Resposta: Perdão? Pergunta: Foi devido à sua persuasão que ele acreditou em você? Resposta: Nããoo! Não foi inteiramente devido a isto, havia outros elementos envolvidos. Pergunta: A segunda pergunta tem a ver com o comentário daquela outra pessoa sobre Pearl Harbor, dizendo que dentro de algum tempo nós iríamos estar em guerra com o Japão, e eles estavam vindo bombardear Pearl Harbor. Eu não sei, pode ser que esteja errada, mas eu pensava que Pearl Harbor tinha sido uma completa surpresa para nós. [......A audiência ri e se manifesta com algum barulho....] Resposta: Desculpe, senhora; não foi nenhuma surpresa para a administração, eles levaram as coisas de tal modo para os japoneses nos bombardearem, e pudéssemos entrar na guerra. Isto foi planejado pelo presidente e por George C. Marshall. Os únicos no escuro sobre isto era o almirante Kenwell e o general Short, que estavam em Pearl Harbor, na época. Não lhes foi dito o que iria acontecer. Eles pediram uma Corte Marcial imediatamente depois. Eles foram afastados de seus postos, e isso quando eles pediram a Corte Marcial, porque eles sabiam que alguma errada estava acontecendo, e eles não tiveram o seu pedido atendido senão depois que a guerra terminou. NOTA: Eu não pude compreender os nomes orientais aqui mencionados. E quando, claro, colocados frente aos registros, dos registros capturados dos japoneses em =ininteligível= e todo o gabinete de paz, e Tojo, e a coisa toda, e o modo como eles foram incessantemente empurrados por Roosevelt, até eles procurarem lavar sua honra, eles começaram a deslocar a sua frota para atacar. Eles queriam chegar a um acordo com os EUA, sem guerra! Pergunta: Isto é de conhecimento comum?.... ...Bielek continua falando... Roosevelt não queria assim. Agora, houve alguns militares que não fizeram nada, que sabiam o que estava acontecendo. Algumas altas patentes, mas não o pessoal estacionado em Pearl Harbor. Pergunta: Eu tenho uma pergunta. Você lembra se um dr. Harry Woo estava ligado ao Projeto Arco-Íris? Resposta: Qual era o nome? Pergunta: Harry Woo. Ele era um cavalheiro da quarta geração de chineses; ele era um físico ligado a R&D, a Marinha e ao Pentágono. Resposta: Harry Wood? Pergunta: WOO! W... O... O Resposta: Oh! Woo. Não, não me lembro ninguém com este nome, não neste ponto. Se ele tinha alguma conexão com o projeto, é possível que estivesse em Princeton, ou algum outro lugar. Você vê, havia um monte de pessoas ligadas com esse projeto, e que não pertenciam à equipe. Quer dizer, formalmente ligados à equipe de Princeton, e eles nunca apareceriam nos registros, e eu procurei em todos os que estavam disponíveis nos arquivos. Claro, o dr. Von Neumann está lá; Tesla não, ele nunca esteve na equipe; hum, Gustave Le Bon não está lá, não encontramos nenhum registro dele, embora ele pertencesse a ela, pelo que eu sabia. Clarkston estava na equipe, mas sob um nome diferente, naquela época. Clarkston era um pseudônimo, uma cobertura; não Clarkston, ele atendia por um nome diferente, pois Clarkston era então um pseudônimo. Exatamente como Reinhardt era um pseudônimo para von Neumann. Nunca ouvi sobre este nome, não. Pergunta: O dr. Woo, que foi designado pela Marinha para investigar os relatos de UFOs; era isto... Resposta: Podia ser... Pergunta: Bem, ele mencionou Rupelt. Ele encontrou e conversou com Rupelt, e ele mencionou algumas outras pessoas, e eu penso talvez que ele poderia estar ligado... Resposta: Eu não estava envolvido neste ponto com qualquer investigação sobre UFOs, e eu estava em outro departamento da Marinha, que surgiu, aparentemente de modo simultâneo, e obviamente numa época muito posterior a agosto de 43. Hum, você aí tem uma pergunta? Pergunta: Sim! Você disse que em 1943 você foi para 83, e voltou para 43. E quando sua memória voltou em 88, isto mostraria que, nesta dimensão em particular, você estaria possivelmente em algum lugar em 83.... Você sabe o que estou falando? Você estava em dois lugares, em 83. Resposta: É verdade. Em 1983, Eu era Alfred Bielek; estava trabalhando em Los Angeles, Califórnia. Eu fui mandado para bem longe da Costa Leste. Pergunta: Então, o universo é como um holograma, no qual você pode ir para diferentes lugares no tempo, isto é somente um outro... Resposta: Você entra aqui em alguns problemas bastante complexos, em termos de tempo. O homem que fez um grande trabalho sobre isso foi o dr. Norman Levinson (Nota: de outras vezes, Bielek chamou este personagem de HENRY Levinson, ou Levenson. Teria ele mudado de idéia, ou quem transcreveu isto bobeou? - R.A.) que não aparece em qualquer das biografias do Quem é Quem, na ciência da matemática. Ele é americano. Eu sei que ele escreveu três livros. Ele era um professor assistente de matemática no MIT [Massachusetts Institute of Technology - NT] em 1955, quando então tornou-se professor titular. E foi assim até morrer, em 1974. Ele nasceu em 1912. E ele figurou com destaque nos bastidores do Experimento Filadélfia, porque ele desenvolveu as equações de tempo de um trabalho previamente feito, e elas são totalmente classificadas. Você terá muito trabalho para encontrar seus livros. Ele escreveu um livro intitulado "Equações Diferenciais Ordinárias", publicado pela McGraw Hill, acredito que em 1974. Tenho todos os dados, se você estiver interessado. Eu tenho os nomes, e os títulos, e os números usuais dos livros. Mas eu nunca os encontrei em qualquer das livrarias em Phoenix. Finalmente, em minha última viagem de volta ao Leste, fui até Princeton. Eu digo, se eles existem em algum lugar, só pode ser em Princeton. Bem, eles os tinham, nos cartões de arquivo. Mas não nas estantes da biblioteca da faculdade, mas no Instituto eles tinham os livros nas estantes. Pergunta: Bem, você sabe como isso aconteceu, então você pode me dizer, ou isto é.... Resposta: Não, ele tornou-se um escritor maldito, não porque fosse uma má pessoa, mas devido, aparentemente, à natureza do seu trabalho. É por isto que não existem referências a ele, na literatura científica, eu não posso compreender isto, a não ser que seja deliberado. Pergunta: O que eu estava dizendo é, você sabe como você estava em dois lugares... no mesmo lugar... quero dizer, em dois lugares diferentes, no mesmo ano. Você compreende que, como... Resposta: Bem, em termos de tempo temporal, você pode dizer que eu estava em dois lugares ao mesmo tempo. Eles estavam separados. Mas em termos do meu eu, eu estava em um único lugar, no qual você terá de seguir o progresso do indivíduo através do tempo nos laços de retorno [loop-backs], quais lugares seguir, e este é um conceito muito difícil, difícil para compreender, a menos que você soubesse alguma coisa de matemática. Mesmo a matemática é muito difícil. Mas isto pode ser expresso em termos de viagem através do tempo através de vários laços [loops], você pode seguir... se você não atravessar o seu próprio caminho no mesmo lugar, senão você terá uma situação bastante desastrosa. Pergunta: Isto acontece de uma vez? Resposta: Perdão... Pergunta: Isto acontece realmente, não são apenas palavras, então isto tudo acontece de uma vez? Não consigo pensar sobre isto. Resposta: Se você estiver para atravessar o seu próprio caminho, você teria um sério problema: você pode desaparecer. Mas contanto que você não atravesse o seu próprio caminho, no mesmo lugar físico onde possa alcançar e tocar a si mesmo, então, digo, não há nenhum problema real. Você aí, tem uma pergunta? Pergunta: Sim, tenho duas perguntas. A primeira, é sobre a data de 12 de agosto. O modo como compreendo isto, depois de ouvir você, era que seria pura coincidência que o desastre tivesse ocorrido em 12 de agosto, e que era também uma segunda coincidência que a conexão com o Fênix também tenha sido realizada a 12 de agosto? Se nenhum delas tivesse sido realizado naquelas datas, então você não teria ligação com o Hiperespaço? Isto está correto? Resposta: Está correto. Se não na extensão que o Projeto Fênix estava, é preocupante, por causa das séries de experiências que estavam sendo feitas há dois anos e meio, e pelo que entendi, dos registros que foram capturados, se vocês quiserem assim, por um certo amigo quando fomos lá naquela área, depois deles a terem abandonado, eles deixaram um monte de documentos e livros para trás. Eles iniciaram uma operação no dia 1 de agosto de 1983, vinte e quatro horas por dia e sete dias por semana. Agora, devido ao primeiro dos picos de biocampo em 12 de agosto, o qual a propósito, não é uma data exata, devido ao sistema de calendário, que não é absolutamente preciso, e os picos não ocorreram com traços de precisão no tempo dado aquele dia. Atualmente, poderia ser mais um dia ou menos um dia; naquele ponto não era. Se o Eldridge não tivesse feito aquele experimento no dia 12, e esperasse dois dias, com toda probabilidade não teria havido aquela ligação. Mas alguém insistia que ele tinha de ser no dia 12. Acidente? Nós questionamos isto seriamente, em retrospecto, se foi um acidente que aquela data nos tivesse sido dada. Eles sabiam muito bem que von Neumann iria espremer cada minuto e segundo que pudesse, para conseguir fazer mais testes e modificações. E portanto eles sabiam, ele faria dia 12, ou que esquecesse. E ele não era o tipo de pessoa que iria esquecer aquilo. Ele estava esperando pelo melhor, e colheu o pior. Pergunta: Da segunda vez foi também coincidência, que eles não tinham deliberadamente montado aquilo para tentar recebê-lo, naquele momento? Ou eles sabiam que você estava vindo? Resposta: Você está falando sobre 43 ou 83? Pergunta: 83. Resposta: Este foi um projeto totalmente diferente, e se a operação no tempo àquela época foi devido a algum conhecimento prévio do que estava acontecendo em 43, ou não, eu não sei. Eu não posso responder isso, porque simplesmente não sei. Pergunta: A outra pergunta que eu tenho, parece uma espécie de objeção, nós abordamos mais cedo o bombardeiro Stealth, mas isto parece um pouco ridículo, que nós gastamos tanto em cada aeronave, por achar que aquilo funcionaria perfeitamente, provou-se que isto funciona perfeitamente, eles não podiam ter moderado (?) isto agora, e cortar os custos tremendamente?. Resposta: Eles provavelmente adaptaram este tipo de maquinário para outra aeronave. Você se lembra da história do ataque dos israelenses a Entebe, na África, para resgatar algumas centenas de judeus que estavam sendo mantido prisioneiros lá, na época? Existe um filme documentário de longa metragem feito sobre isto. Os fatos são que quando o estado de Israel conduziu seus aviões através da África, todos os radares estavam operacionais à época. Nenhum apanhou os aviões atravessando a África. Eles atingiram Entebbe de surpresa, sem nenhum aviso prévio. Eles tinham sistemas para bloquear o radar. Pergunta: O que você experimentou, o que você viu, quando se moveu através do tempo? Resposta: Desculpe? Pergunta: O que você experimentou quando se moveu através do tempo? Resposta: É algo do qual não se tem muita experiência. É uma sensação de queda, é como você saltar de um edifício muito alto, e você não pode ver o fundo, não sabe onde está indo, ou se você cairá em um abismo, algumas centenas de metros abaixo. Você está caindo, e você sabe que está caindo, e tem o sentimento de queda, e não sabe onde está indo, ou o que o está realmente acontecendo. É algo similar a isto. Nós não sabíamos o que estava acontecendo à época, não tínhamos nenhuma idéia naquele instante, quando isto aconteceu pela primeira vez. Este parece ter sido o fim da conferência. A anfitriã que conduzia a conferência agradeceu ao senhor Bielek por ter gasto seu tempo ali, e compartilhado a informação que ele tinha sobre o Experimento Filadélfia. Este foi o fim desta fita. Houve uma fita anterior a esta, de dezembro de 1989, como foi dito acima na transcrição de Alfred Bielek. Parece que a EMI Thorn fez esta fita de vídeo. Se ela existe, e alguém tem as conexões certas para receber esta fita, por favor, me contate (Rick Andersen). Uma coisa mais, se você pensa tentar localizar esta pessoa. Como foi mencionado antes, Preston Nichols parece que irá ele mesmo fazer uma viagem no tempo! Da transcrição, pelo que entendi, ele foi visitado em 1983-84 por um representante da Thorn EMI. Na foto, ele parecia cerca de dez anos mais velho. Muito bem, nós estamos agora em 1991! Mais ou menos dez anos depois de 1983-84, que ele teve esta visita da EMI! Muito em breve, este homem, Preston Nichols estará indo fazer alguma viagem no tempo. Se pudermos juntar nossos esforços, e tentar, ou localizar este homem, ou então o senhor Bielek, nós poderemos finalmente ir até o fundo da verdade destes quarentas e oito anos de mistério. Conclusão Eu espero que vocês tenham apreciado isto, e sendo assim gostaria de ouvir seus comentários com relação ao Experimento Filadélfia, UFOs e outras coisas que serão mencionadas neste documento. Também gostaria de saber de vocês, se alguém fez mais pesquisas sobre esta experiência. Gostaria também de saber o paradeiro de Alfred Bielek. ]Por favor, contatem-me: ]CRC Technology, Inc. Att. Clay Tippen ]7809 Cypress St., West Monroe, LA 71291-8282 ]VOICE (318) 397-2723 ] MODEM (318) 361-5080 The Jolly Roger BBS Robotics HST A atual fita de vídeo da qual este documento foi transcrito estava à venda em Phoenix, Arizona, em uma LIVRARIA! Pelo que entendo, o proprietário da livraria esteve na conferência sobre UFOs, e gravou-a. A qualidade da fita é muito pobre, mas isto realmente não importa. O que é importante é a conferência em si. Eu espero que o autor desta fita não se importe que eu a tenha transcrito para este documento. Não havia nenhuma indicação de copyright na fita, e ao invés de copiá-la, decidi transcrevê-la para este documento, e compartilhá-lo com as partes interessadas. Se qualquer de vocês puder contatar, ou William Moore, ou Charles Berlitz, espero que dêem uma cópia para eles. Pode ser que isto os ajude em suas pesquisas, e finalmente cheguemos à verdade sobre o Experimento Filadélfia. Pode ser que eles tenham mais sorte em tentar ir no encalço do senhor Bielek. NOTA DO CORRETOR DESTE ARQUIVO, RICK ANDERSEN: Enquanto fazia a correção gramática e ortográfica deste arquivo, em outubro de 1992, eu topei com a seguinte informação: Al Bielek reside em Phoenix, Arizona. Seu número de telefone não está no catálogo. Preston Nichols vive East Islip, Long Island, NY. Seu telefone normalmente está ligado a uma secretária eletrônica, que diz que ele "não está mais recebendo chamadas", a menos que ele sinta que você merece falar com ele. Não estou certo do paradeiro de Duncan Cameron, mas acredito que ele ainda viva em Long Island. William Moore, que foi "excomungado" há alguns anos, se querem assim, por uma parte da comunidade de pesquisadores de UFOs em razão de algumas dúvidas sobre a sua credibilidade, está atualmente editando uma revista chamada FAR OUT! Um número recente continha artigos sobre Groom Lake/Área 51, T. Townsend Brown, a lenda do "demônio de Jersey", e variadas pinceladas sobre mistérios de UFOs. Existe outra fita de vídeo por aí, chamada "A Verdade Sobre O Experimento Filadélfia", disponível através de Bill Knell de Long Island Skywatch, Flushing, NY. Esta é a fita que apresentou-me à versão de Bielek/Cameron/Nichols do Exp. Fil. Ela contém a mesma informação, até onde diz respeito ao relato de Bielek, mas vai um pouco mais sobre o suposto "Projeto Fênix", na base de radar de Montauk Point, em Long Island, e como aquele projeto supostamente cresceu a partir de uma síntese do Exp. Fil., os dispositivos de "controle de clima" de Wilhelm Reich, e o desenvolvimento dos transmissores da Rádiosonda pelos Laboratórios Nacionais de Brookhaven (Brookhaven National Labs), em Long Island, durante os anos 50. (Preston Nichols é o narrador, nesta fita). Também, Brad Steiger, conhecido nos círculos dos ufólogos por muitos anos, escreveu um livro intitulado "The Philadelphia Experiment & Other UFO Conspiracies", no qual a história de Al Bielek tem o maior destaque. O livro foi publicado por Timewalker Productions, c. 1990; Inner Light Publications, Box 753, New Brunswick, New Jersey 08903. (ISBN: 0-948395-97-0). Finalmente, Nichols mesmo publicou (ou sua história apareceu em) um livro chamado o "The Montauk Project" – o qual eu estou ainda esperando recebê-lo pelo correio, então não posso dar nenhum detalhe ainda. Aqueles de vocês que possuem uma bagagem técnica em física ou eletrônica estarão, claro, interessados nos pequenos detalhes da TECNOLOGIA supostamente usada para criar o Experimento Filadélfia e o Projeto Montauk. Eu sou técnico em eletrônica, e estou tentando coletar e juntar cada pedaço de informação que puder, e determinar de uma vez por todas se estas histórias são verdadeiras ou não. Descarreguei recentemente meu arquivo ASCII TECH-1 em várias BBSs; foi uma tentativa de conseguir pensadores sérios, ou seja, pessoas mais espertas do que eu, e espertas o suficiente para enfrentar seriamente Bielek e Nichols nos pontos técnicos. Contanto que não estejamos ouvindo apenas anedotas bem boladas, nós iremos correndo ouvir cada história que aparecer. Nós precisamos começar a pensar acerca da ciência por trás disto, e precisamos chamar os narradores para contarem suas histórias. Se eles vão enfiar a mão no nosso bolso, cobrando 10 dólares de nós, que vamos às suas palestras, então vamos perguntar-lhes pelos detalhes técnicos, não é? Se eles ficarem relutantes em revelar-nos estes detalhes, então qual é o problema em "quebrar o seu silêncio", e contar-nos o que aconteceu em um projeto classificado ha quarenta anos atrás? Podemos nós, seus ouvintes, fazer algo sobre isto? Não – tudo que podemos fazer trocar nosso dinheiro pelos seus livros, por freqüentar suas palestras. Se eles têm a "necessidade" altruística ou compulsão de "fanfarronear-se" e contar ao mundo acerca de governo sobre experiências de viagens no tempo, teletransporte, etc, então eu insisto que nós temos o direito de exigir alguns detalhes técnicos. O que mais podemos fazer? Al Bielek e seus associados contam histórias fascinantes. Será que eles podem contar histórias tão valiosas para os físicos e engenheiros quanto as que eles contam para as pessoas leigas que freqüentam suas palestras? Se alguém estiver interessado em trocar informações sobre estes assuntos, eu posso ser encontrado no endereço abaixo: Rick Andersen R.D. 1, Box 50A Newport, Pennsylvania 17074

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